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Um novo incentivo à disposição dos discentes da Escola de Música: a Mobilidade Estudantil

Quando se trata de Mobilidade Estudantil nas relações intelectuais que a Escola de Música vem mantendo com instituições de ensino no exterior, tem sido prática comum e freqüente a Escola receber alunos de cursos de graduação, assim como alunos de pós-graduação de outros países.

  Nadeja Costa
 
 João Vidal e Ariane Jashari

Por tal razão e pelos Acordos Específicos e Protocolo de Intenções que a Escola de Música já estabeleceu com universidades de diferentes países que, por sua vez, se somam a outros Acordos, Protocolos de Intenções e Programas que a Superintendência de Relações Internacionais da UFRJ – SGRI/UFRJ- tem ajustado com instituições estrangeiras que mantenham acordos diretos com a UFRJ, Ronal Silveira, no uso de suas atribuições de dirigente da Escola de Música, em Portaria de número 7156, publicada no Diário Oficial da União de número 134, com data de 15 de julho de 2023, registrou a criação da Comissão de Acordos e Mobilidades Acadêmicas.

Dessa comissão fazem parte os servidores: João Vicente Vidal, Pedro Sousa Bittencourt, Patrícia Michelini Aguilar, Aloysio Moraes Rego Fagerlande, Eliane Magalhães da Silva, Fabíola de Paiva Ribeiro, Aline Faria Silveira e Leandro Taveira Soares.

Servidores indispensáveis aos estudantes de outros países que, há algum anos, têm escolhido a Escola de Música como a instituição de ensino para ampliação de seus conhecimentos e que dela recebem a garantia de ser a eles concedido o reconhecimento acadêmico dos estudos que nela são realizados enquanto  investimento concreto em suas próprias carreiras, uma vez que os citados servidores dessa comissão, dentre outras atribuições, estarão encarregados da elaboração do Plano de Estudos dos estudantes, mantendo por princípio a equivalência aos cursos de suas respectivas universidades de origem.

Igualmente indispensáveis aos estudantes da Escola de Música a partir da criação da comissão citada, que não só se incumbirá da divulgação dos Acordos Específicos e do Protocolo de Intenções já assinados pela própria Escola, como também serão responsáveis pela divulgação daqueles mantidos pela SGRI-UFRJ, além, é claro, das orientações de natureza administrativa que se fizerem necessárias, quando na oportunidade das candidaturas dos alunos desta Escola às vagas de Mobilidade Estudantil.

E por assim ser, o Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Música- PPGM-UFRJ-, João Vicente Vidal, já se tornou responsável, neste ano de 2023, pelo Plano de Estudos de dois estudantes de graduação em Mobilidade Acadêmica na Escola de Música: Fabrizio Platania e Ariane Jashari.

O primeiro, Fabrizio Platania, já com número de matrícula 123768610, na Divisão de Registro de Estudantes da UFRJ e que aqui permanecerá até julho de 2024, é aluno do Curso de Graduação D.A.M.S- Discipline delle Arti, della Mùsica e dello Spettaculo, na Alma Mater Studiorum da Università di Bologna- Unibo-. Chegou à Escola de Música através de um Acordo proposto pela Superintendência Geral de Relações Internacionais da UFRJ -SGRI-UFRJ- junto à Universidade de Bolonha. Acordo, que tem por vigência a data de 22/04/2027 e número de processo 23079.211323-2022-32, destinado a todos os estudantes de graduação e pós-graduação das Unidades de Ensino de nossa Universidade e que promove o intercâmbio de até cinco estudantes a cada ano acadêmico.

Fabrizio Platania, nesse primeiro semestre letivo, cursa as disciplinas: Acústica e Biologia aplicada à Música e Introdução às músicas do mundo. A respeito das compatibilidades e diferenças de ensino entre a Alma Mater e a Escola de Música da UFRJ disse que “nunca estudou detalhadamente como aqui a Teoria da Música, mas os programas se aproximam muito”.

E acrescentou que, após seu intercâmbio, além dos conhecimentos acadêmicos,  acredita que levará consigo o “enriquecimento nas relações humanas,no conhecimento e tolerância com a diversidade das culturas diferentes”.

Ariane Jashari, na foto da capa desta matéria, iniciará seus estudos no dia 4 de setembro e tem seu intercâmbio pactuado por meio de Acordo Específico celebrado entre a Escola de Música e a Malmö Academy of Music –MAM-, da Lund University –LU-, na Suécia.

Ariane explicou que seu intercâmbio termina em dezembro e que, até lá, em seu Plano de Estudos constam as Aulas de Canto, Canto Coral e Piano. E espera que ao voltar à sua Universidade, possa também ter adquirido “conhecimentos sobre assuntos como dança, teatro, e aprendizado sobre a História do Brasil”.

Nesse acordo destinado a alunos regularmente matriculados em cursos de graduação e pós-graduação, com número de Processo 23079.221634-2022-18, gerado no Sistema Eletrônico de Informações –SEI- em 23/05/2022 e assinado pela Reitoria em 22/07/2022, está prevista a chegada de dois estudantes à Escola de Música, no segundo semestre letivo deste ano em curso, uma vez que nele consta a Mobilidade Acadêmica de dois estudantes a cada 12 meses, conforme esclarecimentos do professor Paulo Sá.

Além desse Acordo Específico celebrado com a Mamö Academy of Music, foi possível verificar que a Escola de Música possui ainda dois outros Acordos Específicos e um Protocolo de Intenções destinados à Mobilidade Estudantil, a saber: Escola de Música e a Folkwang Universität der Künt – Folkwang-UdK-, na Alemanha, Processo 23079.23079.237759-2022-51, com vigência até 8/11/2027; Escola de Música e a Universidad Distrital Francisco José de Caldas – UDFJC-, na Colômbia, Processo 23079.036837-2018-16, destinado a estudantes  regularmente matriculados  em cursos de graduação, mestrado e doutorado, com a previsão de até 5 estudantes  em intercâmbio a cada 12 meses;  e o Protocolo de intenções celebrado entre a Escola de Música  e a Universität für Musik und darstellend Kunste Wien – MdW-, com número de Processo 23079.257729-2022-61 e vigência até 30/03/2028.

Mas, é importante assinalar que as possibilidades de Mobilidade Estudantil tanto dos discentes da UFRJ, aí incluídos os da Escola de Música, quanto dos alunos de instituições estrangeiras não se esgotam nos Acordos e Protocolo de intenções até aqui citados.

Eliane Magalhães da Silva, Diretora Adjunta de Ensino e Graduação da Escola de Música, informou que, na UFRJ, do ponto de vista gerencial são muitos os programas e acordos, para que a mobilidade acadêmica estudantil seja efetivada a nível nacional ou internacional.

E acrescentou que, quando se trata da mobilidade acadêmica a nível nacional, que tem por propósito a mútua cooperação técnico-científica entre as Instituições Federais de Ensino Superior - IFES-, a UFRJ tem participação em um programa criado em 2003 por meio de um convênio entre as IFES e a ANDIFES- Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior-.

Esse programa, destinado exclusivamente a alunos regularmente matriculados em cursos de graduação das universidades federais, encontra-se sob a responsabilidade gerencial da Divisão de Integração Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação- PR1-, e tem por normas de seleção os seguintes requisitos: o candidato tem que ter concluído pelo menos vinte por cento da carga horária de integralização do curso de origem e ter no máximo duas reprovações acumuladas nos dois períodos letivos que antecedem o período da Mobilidade Acadêmica. Nele, as instituições de origem devem encaminhar os pedidos até 31 de maio e 31 de outubro de cada ano, tendo em vista os semestres letivos subseqüentes. 

Diferente desse único programa que trata da mobilidade acadêmica a nível nacional, quando se trata dos acordos de Mobilidade Estudantil de natureza internacional são cinco os programas, mantidos pela SGRI-UFRJ assim intitulados: Mobilidade Regular; Rede de Assessorias Internacionais das Instituições de Ensino Superior do Rio de Janeiro – REARI-RJ-; Smile Rede Magalhães; Santander Universidades e o Programa das Universidades do Grupo Montevideo, resultado da Associação de Universidades de países da América do Sul – AUGM-.

O Programa Mobilidade Regular instituído pela Superintendência Geral de Relações Internacionais da UFRJ- SGRI- que, semestralmente, envia alunos dos cursos de graduação para instituições estrangeiras que com a UFRJ mantenham acordos, é um programa que garante vagas e a gratuidade do ensino nas instituições internacionais, ficando por conta dos estudantes as demais despesas. Neste programa, a Mobilidade Estudantil é realizada a partir das especificações contidas em 2 Editais, um deles exclusivo para a Faculdade de Medicina e outro às demais Unidades de Ensino da UFRJ.

Também diferente do Programa Mobilidade Regular, no qual a Superintendência Geral de Relações Internacionais da UFRJ é a instituidora, no Programa REARI-RJ-, a superintendência se limita a pré-selecionar os candidatos que são encaminhados para a disputa das vagas que, por sua vez, são disputadas entre os estudantes das Instituições de Ensino Superior do Estado que fazem parte da Rede de Assessorias Internacionais.

Com um escopo singular de abrangência, já que destinado a estudantes de graduação, pós-graduação e também a docentes e técnicos administrativos, o Programa AUGM- Associación de Universidades Grupo Montivideo-, rede de universidades públicas e autônomas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, promove chamadas de intercâmbio todos os anos, agora com ajuda de custo.

Com cláusula de exclusividade para estudantes cotistas e bolsistas da UFRJ, o Programa Santander Universidades concede ajuda de custo com financiamento dessa instituição privada. Para cada chamada de intercâmbio é elaborado um novo acordo de parceria e, somente, depois é publicado um novo Edital de Intercâmbio.

A Escola Politécnica, a Escola de Química, o Instituto de Matemática, o Instituto de Química e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ são as únicas Unidades de Ensino da UFRJ que estão associadas à Smile Rede Magalhães, por tal razão, as chamadas de intercâmbio oferecidas todos os anos, alcançam somente os estudantes destas Unidades citadas.

Para além dos Programas citados e dos Acordos Específicos e o Protocolo de Intenções estabelecidos entre a Escola de Música e as Universidades da Itália, Suécia e Alemanha, cabe ressaltar que a Superintendência Geral de Relações Internacionais da UFRJ participa de mais de cinco dezenas de outros Convênios, Acordos e Protocolos de Intenções, que são abertos a todas  as Unidades de Ensino da UFRJ.

Assim, ainda tratando das atribuições dos membros da Comissão de Acordos e Mobilidades Acadêmicas da Escola de Música, a eles caberá igualmente a realização de uma extensa pesquisa na qual se verifique as demais possibilidades de intercâmbios, de modo a ampliar o importante histórico de décadas da Escola de Música no que concerne aos acordos internacionais, e, principalmente,que  beneficiem no futuro os seus discentes. 

Isso porque, como observado por Ronal Xavier, se a tecnologia permite a troca de saberes de forma imediata e o acúmulo de informações nunca foi tão amplo como agora, não se pode perder de vista que nada substitui a experiência de um intercambista que traz um pouco de si ao compartilhar a sua experiência de vida,  ao conhecer nosso país e o nosso povo e levar um pouco de nós, assim como os futuros intercambistas da Escola de Música irão levar para outros países suas experiências e lá deixarão um pouco de nós.

Ou, em outras palavras por ele enunciadas: um sorriso e uma informação podem ser trocados através de uma tela, mas ainda não há tecnologia que substitua um aperto de mão. 

Correspondência

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