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Música e Diversidade: programa na Rádio UFRJ mostra complexidade das culturas musicais

Mesmo com o impacto da tecnologia e do streaming, o rádio mantém um papel muito importante para quem ouve música no Brasil. Lançado há pouco mais de 1 ano, o Música e Diversidade  estreou com a proposta de ser um programa sobre a diversidade de culturas musicais existentes no tempo e no espaço, seus produtores e circuitos culturais, e atua como ponta de lança para a divulgação de projetos de pesquisa em música ou de suas interlocuções com culturas musicais no Brasil e no exterior, como as advindas de projeto conjunto com a Universidade de Aveiro, Portugal, na comunidade lisboeta-cabo-verdiana da Cova da Moura entre outros. O Música e Diversidade é um projeto de extensão do Laboratório de Etnomusicologia da Escola de Música da UFRJ (LE/UFRJ), em parceria com o Grupo de Estudos Musicais da Amazônia da Universidade Estadual do Pará (GEMAM/UEPA), e  pode ser ouvido através do aplicativo digital da Rádio UFRJ, todas às quintas-feiras, às 21h, e nas plataformas de streaming  que mesclam música e podcast. 

  
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Confira na Rádio UFRJ ou no podcast do programa.- 
Redes sociais: @musicaediversidade

A programação envolve projetos de pesquisas do LE/UFRJ  - música indígena, música preta brasileira, música e religião, música em escolas, música na Maré e de blocos carnavalescos ou grupos de cabocolinho -, onde também participam convidados, estudiosos e integrantes de outros coletivos de pesquisa em música, bem como, pesquisadores individuais, ativistas culturais e artistas. O programa apresenta a diversidade da música brasileira, a partir da experiência de seus produtores, que atuam também como professores e pesquisadores e apresenta diversos conteúdos musicais originais, gravações realizadas em trabalho de campo que podem ser em festas, rituais, aldeias indígenas, quilombos  e nos mais diferentes espaços, permitindo ao  programa dá muita atenção aos sons locais. A proposta é atingir  professores da Educação Básica da rede pública e privada, estudantes de pós-graduação e  o público que se encontra em situação  de invisibilidade social, promovendo  o compartilhamento de  seus repertórios  e práticas musicais  em  um veículo de comunicação de massa e realizando trocas entre a  academia  e os saberes populares/ tradicionais.

 Divulgação
 
 Ssmuel Arsaújo

Em tempo real ou por meio do repositório virtual de podcasts dos programas já realizados, a experiência radiofônica tem aberto possibilidades exponenciais que difundam o conhecimento acumulado e em gestação acerca da música e outras artes a ela associadas enquanto produto da diversidade de relações sociais presentes no Brasil e no mundo”, diz Samuel Araújo, professor da Escola de Música e coordenador geral do programa. Para Paulo Murilo Guerreiro do Amaral, coordenador do GEMAM, essas ações são positivas. “Ao incorporarem questões da Etnomusicologia em suas programações musicais, meios massivos de difusão, tais como o rádio, oportunizam ouvintes a estabelecerem contato com a música não como produto para simplesmente ouvir, e sim como processo de escuta e conhecimento”.

O  Música e Diversidade já apresentou dezenove episódios temáticos: #1 Etnomusicologia e a pesquisa sobre diversidade musical; #2 O trabalho dos profissionais da música durante a pandemia; #3 A presença africana na música do Pará; #4 Folia de Reis; #5 Cavalo Marinho; #6 Orquestras nas escolas; #7 Uma vida chamada Salgueiro; #8 Afoxés no Rio de Janeiro; #9 Música indígena; #10 Jongo contemporâneo; #11 O Xangô do Recife; #12 Os corres do Hip Hop do Rio de Janeiro; #13 Tambor de Sopapo; #14 São João; #15 O erudito e o popular se encontram no Bloco Lira da Minerva; #16 Perspectivas pretas e ladinoamefricanas em Etnomusicologia; #17 Oitenta anos de Robertinho Silva; #18 O som do Cerrado; #19 Centro Cultural Donana. Além dos programas com temas especiais, há ainda episódios quinzenais com uma playlist das músicas tocadas nos programas temáticos.

O Música e Diversidade tem edição, roteiro e apresentação da jornalista e etnomusicóloga Claudia Góes e edição técnica de Thiago Kobe. Equipe: Tainá Façanha (GEMAM/UEPA), Dil Fonseca (UFF), Guilherme Sá (LE/UFRJ), Cecília Mendonça (LE/UFRJ), Jonas Lana (IFRJ) e Igor Sá (UFPE).

Correspondência

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