176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Frevo e maracatu na Lapa: Orquestra de Sopros da UFRJ interpreta canções de Maestro Duda em 3 de julho

Em 3 de julho, o Salão Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ, será palco de uma apresentação da Orquestra de Sopros da UFRJ. O espetáculo viabilizado através do Projeto Bandas (que integra o Programa Arte de Toda Gente) será gratuito e contará com regência de Gabriel Dellatorre (foto) e direção musical de Marcelo Jardim, além de participação especial do solista Aquiles Morais no trompete.

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Entre os destaques do repertório estão composições e adaptações de José Ursicino da Silva, o Maestro Duda. Referência no cenário cultural de Pernambuco, Duda é compositor de diversos frevos, choros e sambas gravados por Jamelão, músicas para quinteto de sopros e quinteto de metais, banda e orquestra. Maestro Recebeu o prêmio de melhor arranjo de música popular brasileira em 1980, em concurso promovido pela Globo, Shell e Associação Brasileira de Produtores de Discos. Reconhecida sua excelência cultural, Maestro Duda foi eleito como Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco em 2010, e homenageado pelo Carnaval do Recife em 2011.

Criada em 2007, a Orquestra de Sopros da UFRJ é formada por alunos de graduação do bacharelado em instrumentos de sopros e de percussão da Escola de Música da UFRJ inscritos na disciplina de Prática de Orquestra, bem como por servidores técnicos administrativos da instituição. Contando com dois álbuns gravados (A Obra para Orquestra de Sopros de Heitor Villa-Lobos, de 2009; e Dobrados para o Itamaraty, de 2017), o conjunto apresenta, de forma ininterrupta, temporadas regulares de concertos, com programação intensa da obra brasileira e mundial para banda sinfônica, tendo sido responsável por importantes estreias de obras de compositores nacionais.

Enquanto projeto de extensão, atende também alunos provenientes de projetos sociais da cidade do Rio de Janeiro. Outra importante função é sua atuação direta no suporte ao bacharelado em Regência de Banda, oferecido pela EM/UFRJ desde 2011.

Entre seus principais objetivos está proporcionar o desenvolvimento da prática de conjunto a partir dos conceitos orquestrais, difundir a literatura brasileira e internacional para a formação de banda sinfônica, orquestra de sopros e sopros orquestrais, além de atuar no desenvolvimento técnico musical de seus integrantes a partir da prática de banda e orquestra.

O evento começa às 19h. A Escola de Música da UFRJ fica na Rua do Passeio, 98, no Centro do Rio de Janeiro.

Programa Arte de Toda Gente e Projeto Bandas

Fruto de uma parceria que une a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação Nacional (Funarte), o Programa Arte de Toda Gente é um exemplo de como a cooperação interinstitucional pode ser bem-sucedida. Nascida em 2020, a iniciativa desenvolvida com a curadoria da Escola de Música da UFRJ e administração da Fundação Universitária José Bonifácio tem como objetivo maior democratizar e estimular, de modo inclusivo, a produção das artes e a diversidade cultural brasileira.

Atualmente o Programa compreende sete projetos que juntos abarcam uma intensa agenda de eventos e atividades, todas focadas no desenvolvimento artístico e pedagógico das artes através de capacitação, formação, aperfeiçoamento, compartilhamento, difusão de informação, inclusão e acessibilidade. Essas atividades são realizadas em formato presencial, em todas as regiões do Brasil, bem como em formato on-line, em ambiente virtual ou mesmo híbrido.

Um desses projetos é o “Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música”, o qual tem por objetivo dar suporte pedagógico na produção de novas obras para banda de música, além de promover cursos de capacitação para regentes, compositores e instrumentistas, bem como gravações a partir das apresentações artísticas com bandas sinfônicas e bandas de música de diversas partes do Brasil.

A divulgação ao grande público do repertório da música sinfônica escrita especificamente para banda se alia na própria utilização desse material como elemento de suporte didático e pedagógico, oferecendo padrões artísticos e referências de interpretação para as bandas de todas as partes do Brasil, principalmente as localizadas em cidades do interior.

Aquiles Morais

Iniciou seus estudos em 1998 na banda Sociedade Musical Fraternidade Cordeirense aos oito anos de idade. É integrante do grupo Os Matutos, com o qual gravou um disco lançado em 2005 e tem realizado diversas apresentações. Participou do documentário e do show homônimo Brasileirinho, ao lado de Zé da Velha e Silvério Pontes, Guinga, Joel Nascimento, Yamandu Costa, entre outros. É integrante da orquestra Furiosa Portátil, da Escola Portátil de Música, com a qual fez diversas apresentações desde 2005. Gravou e se apresentou com diversos artistas como Maurício Carrilho, Nailor Proveta, Maria Bethânia, Chico Buarque, Zeca Pagodinho, Zé Renato, Lisa Ono, Luciana Rabello, Cristovão Bastos, Bibi Ferreira, Ney Matogrosso, Monica Salmaso, Mario Adnet, Hamilton de Holanda entre outros. Participou como professor de trompete do Festival Nacional de Choro de 2010 e das l, ll, lll e IV Semana Seu Geraldo de Música. Estudou na Escola Portátil e na Unirio (durante o bacharelado), com Nailson Simões. Participou em 2012 do encontro de trompetes da ITG, nos EUA. Atualmente com 24 anos, integra, além dos Matutos, o Regional Nacional e se dedica à pesquisa do repertório brasileiro para trompete.

Prof. Gabriel Dellatorre

Professor substituto de Regência de Banda da Escola de Música da UFRJ, Gabriel Dellatorre é também regente assistente da Orquestra de Sopros da UFRJ e coordenador assistente da Banda Sinfônica Jovem da UFRJ, atuando também como regente do grupo. Fez Licenciatura em Música e Bacharelado em Regência de Banda, pela UFRJ, e atualmente é mestrando no Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da EM/UFRJ, tendo como orientador o Prof. Dr. Marcelo Jardim, com o tema José Ursicino da Silva e a Banda de Música: revisão, edição e gravação de 5 obras. É bolsista do Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio as Bandas de Música, o qual é parte do Programa Arte de Toda Gente, parceria entre a Funarte e a UFRJ, e colabora também com os projetos Bossa Criativa e Sistema Nacional de Orquestras Sociais, integrantes do mesmo programa. Natural de Niterói/RJ, Gabriel Dellatorre iniciou seus estudos na Banda do Colégio Salesianos Santa Rosa, tendo como primeiro professor Mestre Affonso Reis. Ao longo dos anos, vem atuando diretamente no desenvolvimento das bandas de música e bandas sinfônicas, tendo participado na produção do I e II Simpósio Funarte-UFRJ de Bandas de Música, promovidos respectivamente nos anos de 2017 e 2019 pelas instituições, bem como da I Bienal de Bandas, realizada em Mogi das Cruzes. Em 2014 e 2015, participou de intercâmbio acadêmico com a Jugendorchester Gersthofen - Schwäbische Bläserbuben e com a Die Gersthofer Blasharmoniker na Baviera/Alemanha, em parceria com o Programa Aprendiz. Em 2022 foi professor de Regência e Prática de Banda Sinfônica no Festival Internacional de Música de Domingos Martins.

Prof. Marcelo Jardim

Diretor artístico e vice-diretor da Escola de Música da UFRJ, professor de Regência de Banda e Prática de Orquestra e diretor musical da Orquestra de Sopros da UFRJ. Atua também como professor-orientador do PROMUS - Programa do Mestrado Profissional em Música da UFRJ. É Doutor em Práticas Interpretativas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, e Mestre e Bacharel em Regência e Práticas Interpretativas pela UFRJ. É diretor executivo do programa Arte de Toda Gente (Funarte-UFRJ), o que inclui o Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas, Projeto Sistema Nacional de Orquestras Sociais do Brasil - SINOS, Projeto Bossa Criativa, Projeto Um Novo Olhar, entre outros. É consultor artístico e coordenador pedagógico dos cursos de capacitação para regentes e instrumentistas de bandas de música, Painéis Funarte de Bandas de Música, realizados pela Fundação Nacional de Artes, e responsável pelo Projeto de Edições de Partituras para Banda. Atua em concertos e festivais em todo o Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa, e dentre seus projetos de pesquisa estão A Banda do Villa, com resgate da obra de Villa-Lobos para banda, e encomenda de novas obras para bandas sinfônicas.

 

Programa

Pixinguinha (1897-1973)
Auriverde (dobrado) arr.: Everson Moraes Alberto Nepomuceno (1964-1920)
Série Brasileira
I - Alvorada na Serra
II - Intermédio
III - Sesta na Rede
IV - Batuque César Guerra-Peixe (1914-1993)
Quatro Coisas adaptação: Paulo Aragão
I - Prelúdio
II - Movimentação
III - Intermédio
IV - Caboclo de Pena José Urcisino da Silva (Maestro Duda)
Maracatu Rural José Urcisino da Silva (Maestro Duda)
Concertino n. 2, para Trompete e Banda
solista: Aquiles Moraes, trompete José Urcisino da Silva (Maestro Duda)
Suite Clássicos no Frevo nº 1 (Brasileira)

I - Carlos Gomes no Frevo
II - Villa-Lobos no Frevo
III - Duda no Frevo

Correspondência

Escola de Música da UFRJ
Edifício Ventura Corporate Towers
Av. República do Chile, 330
21o andar, Torre Leste
Centro - Rio de Janeiro, RJ
CEP: 20.031-170

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