176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Em 16/05, Orquestra Sinfônica da UFRJ faz 4º concerto de sua 100ª temporada

Em 16 de maio, às 19 horas, a Orquestra Sinfônica da UFRJ retorna ao palco do Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, para mais um concerto da sua temporada centenária. Desta vez, a regência será diretor artístico da OSUFRJ, maestro André Cardoso. A apresentação também contará com a participação do flautista João Moreira, um dos vencedores do concurso jovens instrumentistas 2024 da OSUFRJ.

O quarto concerto da 100ª temporada da Orquestra Sinfônica da UFRJ será basicamente dedicado ao repertório da segunda metade do século XIX, com dois dos mais importantes compositores do chamado Romantismo Musical. Giuseppe Verdi é a principal figura da ópera italiana no período, autor de títulos famosíssimos, encenados anualmente nos grandes teatros de todo o mundo, como La Traviata, Rigoletto, Il Trovatore, Aída e Otello. A ópera Les Vêpres Siciliennes (em italiano, I Vespri Siciliani) foi composta para Paris, cidade onde estreou na Academia Imperial de Música, em 1855. Segue o modelo francês em cinco atos, com a inclusão de um balé. A abertura é das mais extensas compostas por Verdi e, junto com a de La forza del destino, das mais frequentemente executadas em concerto. Foi estruturada pelo compositor a partir dos principais temas da ópera, presentes na introdução e no Allegro agitato que segue, com temas contrastantes, que preparam o ouvinte para os diferentes momentos dramáticos que perpassam toda a encenação.

Cécile Chaminade foi uma importante compositora francesa que, ainda jovem, mostrou alguns de seus trabalhos a Georges Bizet, que a orientou na composição. Sua obra abrange o piano solo, canções, a música de câmara e orquestral. Dentre elas se destaca o Concertino para flauta, que, apesar de composto em 1902, ainda se enquadra na tradição romântica. É uma obra originalmente composta para flauta e piano e posteriormente orquestrada. Origina-se de uma encomenda do Conservatório de Paris para ser uma peça de exame para estudantes em final de curso. O Concertino foi estruturado em movimento único, no qual se alternam diferentes andamentos. O tratamento da flauta é virtuosístico e o orquestral equilibrado e expressivo, qualidades que levaram a obra a ultrapassar os limites dos exames escolares e ganhar o repertório profissional, sendo abordada pelos grandes flautistas. Foi dedicada a Paul Taffanel, então professor do instrumento no Conservatório de Paris.

A Sinfonia nº1 em Dó menor op.68 foi a obra de Brahms de mais longa gestação. Sentindo o peso de sua responsabilidade em abordar a forma sinfonia após o legado deixado por compositores como Beethoven, Schumann e Mendelssohn e em um momento histórico no qual o poema sinfônico lisztiano e o drama musical wagneriano ditavam as regras da música austro-germânica, Brahms levou mais de uma década para finalizá-la. Os primeiros esboços datam de 1862, mas a estreia só se deu em 1876, na cidade de Karlsruhe. Os modelos são evidentes: Beethoven na elaboração e no desenvolvimento temático e Schumann na forma. Sua primeira sinfonia se diferencia das demais que produziu por ser a única com introduções lentas, no primeiro e no quarto movimentos, além de um instrumento solo, o violino. Após o alívio da estreia, Brahms produziria imediatamente sua segunda sinfonia e mais duas, que constituem um dos grandes conjuntos de sinfonias produzidas no século XIX.

A entrada é gratuita e a apresentação está marcada para as 19h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, próximo à estação Cinelândia do metrô.

 

JOÃO MARCOS MOREIRA

Iniciou os estudos de Música aos seis anos, no Projeto Bem-me-quer Paquetá, sob orientação dos professores Josiane Kevorkian e Bruno Jardim. Com 12 anos iniciou na Flauta Transversal com o professor Rubem Schuenck. Atualmente cursa 7º período do Bacharelado em Flauta na Escola de Música da UFRJ, com o professor Eduardo Monteiro. Atuou na Orquestra Sinfônica Cesgranrio e na Academia Jovem Concertante. Atualmente integra o Quinteto Experimental de Sopros da Escola de Música da UFRJ, o Quinteto Guanabara, a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem e Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro.

ANDRÉ CARDOSO

Músico (violista e regente) graduado pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com Mestrado e Doutorado em Musicologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Estudou regência no Brasil com os maestros Roberto Duarte e David Machado. Recebeu, durante três anos, bolsa da Fundação Vitae para curso de aperfeiçoamento na Argentina com o maestro Guillermo Scarabino, na Universidade de Cuyo (Mendoza) e no Teatro Colón de Buenos Aires. Em 1994, foi o vencedor do Concurso Nacional de Regência da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, passando a atuar à frente de conjuntos como as sinfônicas da Paraíba, de Minas Gerais, do Espírito Santo, de Campinas, de Porto Alegre, do Teatro Nacional de Brasília, a Sinfônica Brasileira e a Petrobrás Sinfônica. Foi maestro assistente da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro entre 2000 e 2007 e diretor artístico da instituição nas temporadas de 2015 e 2016. Como pesquisador publicou os livros "A música na Capela Real e Imperial do Rio de Janeiro" (ABM, 2005) e "A música na Corte de D. João VI" (Martins Fontes, 2008). Como libretista e roteirista estreou a ópera Aleijadinho, com música de Ernani Aguiar, em produção da Fundação Clóvis Salgado em Ouro Preto e no Palácio das Artes. No Theatro Municipal do Rio de Janeiro estreou o balé Macunaíma, com música de Ronaldo Miranda. É professor de Regência e Prática de Orquestra da Escola de Música da UFRJ, instituição da qual foi diretor de 2007 a 2015. Coordena para a Fundação Nacional de Artes – Funarte – em parceria com a UFRJ, o Sistema Nacional de Orquestras Sociais. É membro da Academia Brasileira de Música e seu atual presidente.

 

Confira o programa:

1- Giuseppe VERDI (1813-1901) – Abertura

I Vespri Siciliani(1855) 10’

2- Cécile CHAMINADE (1857-1944) – Concertino para flauta em Ré maior op.107 (1902) 10’

Solista: João Marcos Moreira (flauta)

4- Johannes BRAHMS (1833-1897) – Sinfonia n°1 em Dó menor op.68 (1812) 30’

I- Un poco sostenuto / Allegro / Meno Allegro

II- Andante sostenuto

III- Un poco Allegretto e grazioso

IV- Adagio / Più Andante / Più Allegro

 

osufrj20240516

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