176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Bossa Criativa: atrações no palco da Casa Funarte Liberdade

Sábado, dia 28, às 17h, sobe ao palco da Casa Funarte Liberdade o Quarteto Mineiro de Saxofones. Já na manhã de domingo, 29, às 11h, é a vez de um grupo de artistas de circo. Todas as atrações da série – que vai ocupar o espaço aos finais de semana até a segunda quinzena de dezembro – são programados pelo projeto Bossa Criativa, com artistas que participam da iniciativa e, também, do Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos e do Um Novo Olhar, que juntos compõe o Arte de Toda Gente. Esse conjunto de ações é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Ao longo deste ano, a classe artística tem sido particularmente afetada pela suspensão de espetáculos demandada pelo enfrentamento à epidemia de covid-19. Entre esses estão os artistas circenses, em sua maioria pertencentes a pequenas companhias itinerantes e que dependem das apresentações públicas em circos e praças para conseguir o seu sustento. Nesse sentido, espetáculos como o deste próximo domingo – respeitando todos os limites e regras estabelecidos pelas autoridades sanitárias – ganham ainda mais relevância.

Os espetáculos deste fim de semana

 Reprodução
 
  Quarteto Mineiro de Saxofones se apresenta no sábado.

No sábado, dia 28, às 17h, o Bossa Criativa convida o projeto Sinos, que apresenta o Quarteto Mineiro de Saxofones. Criado em 2015 no intuito de contribuir para a divulgação do repertório erudito originalmente escrito para essa formação, o grupo é formado por professores mestres e graduados em saxofone pela UFMG. Desde sua criação, o grupo desenvolve intensa atividade artística, marcando presença em eventos promovidos em Minas Gerais: Prata da Casa (UFMG), Viva Música (UFMG), Quarta Cultural (UFMG), Festival de Inverno de Itabira, Projeto 3ª Maior (Prefeitura de Nova Lima), Sexta de Música Erudita (PUC), Praça Sete Instrumental, Semana dos Sopros do Conservatório de São João del-Rei, dentre outros.

Em 2018, o Quarteto Mineiro de Saxofones realizou flashmobs em praças da capital mineira e apresentações em hospitais e casas de acolhimento da cidade, como resultado do projeto “Música Solidária”. Em 2019 o grupo foi o responsável pela abertura do EnSerra: I Encontro Internacional de Saxofonistas da UFMG. Atualmente, o grupo tem divulgado obras de compositores brasileiros e fomentado a produção novas músicas para quarteto.

Na manhã de domingo, dia 29, às 11h, artistas circenses locais ocupam o espaço. A apresentação contará com a participação de Moisés Quintão Faria, equilibrista em monociclos de várias alturas; Família Velásquez- acrobatas; Palhaço Pimentão e Palhaço Furrequinha, além do mestre de pista Márcio Vesolli. A recepção do público, na entrada do prédio, será feita por um grupo com a Palhaça Kiki tocando sua sanfoninha, o Palhaço Pimentão, na Perna de Pau, e o Palhaço Furrequinha, com sua "furreca". A organização é de Sula Mavrudis.

Quem são os artistas circenses

Márcio Vesolli, o mestre de pista, é ator, apresentador, bailarino, circense e professor. Tem formação técnica em Teatro, é formado em Circo, em Dança e licenciado em Artes Cênicas pela UFMG (2006);e em circo, pelo curso básico da Escola Nacional de Circo (2011) RJ. Desenvolve há vários anos trabalhos e intervenções teatrais abordando o tema meio ambiente e educação. Em sua trajetória, tem participações em filmes, especiais de TV e diversos espetáculos. Márcio desenvolve um trabalho de pesquisa na interseção entre teatro, dança e circo e tem como foco principal o universo criativo infantojuvenil.

A Família Velásques está representada por Jorge Daniel e David Velásques (pai e filho). David tem 21 anos e nasceu no Circo Di Napoli. Faz saltos acrobáticos e participa da equipe do globo da morte, tendo se apresentado por dois anos na Alemanha e trabalhado em diversos circos nacionais e estrangeiros.

Waldir Braga, o Palhaço Pimentão, ingressou, em 1980, no circo do Moisés, o Rei do Pedal, em Minas Gerais. Apaixonado pelo que faz, além das especialidades artísticas, é responsável pela parte administrativa, capatazia e tudo o que está relacionado com o fazer circense. Trabalhou em circos por 10 anos, como mestre de cerimônias, palhaço, locutor, perna de pau e barreira. Em 1991, fundou o Circo Fantástico, percorrendo todo o estado de Minas Gerais. O palhaço adolescente Furrequinha é seu neto e aprendeu o ofício com o avô.

Quintão Faria – O Circo do Moisés, o Rei do Pedal, deve a sua história ao talento e vocação de seu fundador, Quintão Faria, que desde criança, só pensava em pedalar, tem hoje 73 anos e continua em plena atividade. Ao longo de sua trajetória, passou por grandes companhias e participou de diversos programas de TV, como o Fantástico, da Globo.

A Casa Funarte Liberdade

Situado em frente à Praça da Liberdade, em Belo Horizonte (MG), o Edifício Tancredo Neves foi cedido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais à instituição federal e foi transformado em um novo espaço cultural: a Casa Funarte Liberdade. O prédio faz parte do Circuito Cultural e Turístico Liberdade, considerado um dos maiores conjuntos de espaços culturais do país. Assinado por Sylvio de Podestá e Éolo Maia, o projeto arquitetônico do imóvel é da década de 1980. Situado na Avenida Bias Fortes, o imóvel foi inaugurado em 1990 e se destaca pela concepção ousada e pelo uso de materiais diversos e cores fortes nas fachadas, em estilo pós-modernista.

Arte de Toda Gente, os projetos da parceria Funarte-UFRJ

O Bossa Criativa reúne apresentações e oficinas de diversas linguagens artísticas e manifestações da economia criativa. O foco é a democratização da cultura, bem como a diversidade e a difusão de todas as artes, de modo inclusivo. As atividades são compostas de shows curtos, performances e vídeos de capacitação, exibidos no site www.bossacriativa.art.br, com participação de artistas de todo o Brasil. A agenda inclui o lançamento de um edital para novas propostas artísticas e culturais; e também um chamamento público, para apresentação de trabalhos de mestrado na área das artes. A iniciativa faz parte do Programa Funarte de Toda Gente.

Lançado em julho deste ano, o Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos) é formado por uma rede de dezenas de profissionais de música, que atuam em cursos, oficinas, concertos e festivais, neste segundo semestre e também por todo o ano de 2021. As atividades se iniciaram exclusivamente online e, quando possível, se estenderão a ações presenciais, em todas as regiões do país. A ideia é capacitar regentes, instrumentistas, compositores e educadores musicais, apoiando projetos sociais de música e, ainda, contribuir para o desenvolvimento das orquestras-escola de todo o país.

Já o Um Novo Olhar (UNO) tem como alvo promover a inclusão e o acesso de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, por meio das artes e da capacitação de professores e de regentes para coro. Com a exibição online de performances de artistas e vídeo podcasts (vodcasts) sobre arte e acessibilidade e com uma série de publicações, o projeto tem também o objetivo de ampliar a percepção de toda a sociedade sobre as deficiências.

Correspondência

Escola de Música da UFRJ
Edifício Ventura Corporate Towers
Av. República do Chile, 330
21o andar, Torre Leste
Centro - Rio de Janeiro, RJ
CEP: 20.031-170

  Catálogo de Setores (Endereços, telefones e e-mails)