EM celebra 93 anos da OSUFRJ

A Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro -OSUFRJ, que já foi denominada de Orquestra do Instituto Nacional de Música e que, depois, até 2005, Orquestra Sinfônica da Escola de Música, completará 93 anos, no dia 25 de setembro de 2017. Este grande número de anos, emblematicamente, a qualifica como a primeira orquestra de natureza estatal, uma vez que teve por berço de nascimento o Instituto Nacional de Música- 1890-1937.

 

 Fotos::Divulgação
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 Acima, a OSUFRJ. Abaixo, Tiago Carneiro (trompa) e Eleonora Fortunato Rodrigues (violoncelo), solistas do concerto de abertura da temporada.

Mas, ser a mais antiga orquestra universitária do nosso país e ser a primeira oficialmente criada na cidade do Rio de Janeiro, não totalizam os fatos que a diferencia das demais. Vanessa Rocha, sua Diretora de Produção, aponta outros que, junto aos citados, determinam sua singularidade: um, ser voltada à formação dos alunos da disciplina Prática de Orquestra. Formação que, segundo André Cardoso, entre outras exigências, carrega a necessidade de os alunos precisarem abordar o repertório das orquestras profissionais e também um repertório alternativo, especialmente voltado para a música brasileira e contemporânea. E, à diferença de outras orquestras, formadas só por alunos, ou, apenas por músicos profissionais, a estrutura da OSUFRJ comporta 43 músicos concursados e alunos que ingressam no Curso de Bacharelado em Música. Não aleatória, porque presa ao ensino, esta estrutura faz parte do aprendizado complementar ao da sala de aula, pois a obrigatoriedade de os alunos fazerem parte da orquestra e de tocarem nos concertos, tão logo ingressem na Universidade, concede a eles dois outros professores que acompanham suas formações musicais: o maestro e o músico experiente que ao lado deles está sentado e funciona como professor. É também em prol da prioridade dada aos alunos que, anualmente, é realizado um concurso para quatro vagas de solistas que irão se apresentar em concertos do ano seguinte. Diferente dos anos anteriores, nos quais os aprovados, em maioria, pertenciam às classes de piano e violino, os solistas de 2017 pertencem a classes de diferentes instrumentos: Daniel Soares da Silva, trompa, Classe do Professor Philip Doyle; Gabriel Gustavo Vieira, harpa, Classe da Professora Cristina Braga; Lincoln Sena Pinheiro, flauta, Classe do Professor Eduardo Monteiro; e Matheus Costa Martins, clarineta, Classe do Professor Cristiano Alves. Contudo, mesmo voltada ao ensino, nos últimos anos, a orquestra ultrapassou os muros da instituição e neste movimento, sistematicamente, tem recebido elevado grau de reconhecimento à qualidade do som por ela produzido. Ilustra tal afirmativa ter sido indicada pelo jornal O Globo, como a orquestra responsável pela execução de dois dos melhores concertos de 2015 e 2016; ter sido incluída no Programa Rio Orquestras, vinculado à Conferência Multi-Orquestras e estar presente em séries promovidas pela Sala Cecília Meireles e programas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A este sucesso e visibilidade, imputam-se dois fatores: as parcerias firmadas entre a Escola de Música e a Sala Cecília Meireles, Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Academia Brasileira de Música, somadas aos concursos que incorporaram à sua antiga base, formada por talentosos músicos, outros de talentos e competências reconhecidos publicamente. Com onze concertos programados para 2017, incluindo a participação na ópera da Escola, a abertura da temporada anual da OSUFRJ será no dia 17 de março, com regência do maestro, Ernani Aguiar. No programa, além de duas outras peças, estão um concerto de Liduíno Pitombeira e uma sinfonia de Roberto Macedo, ambos compositores e docentes da casa. Dos dez outros concertos, dois serão executados na Sala Cecília Meireles, com regências dos maestros André Cardoso e Ernani Aguiar. E o terceiro, em comemoração à Semana de Aniversário da Academia Brasileira de Música, realizar-se-á no dia 15 de julho, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Neste grandioso concerto que terá como regente o famoso e respeitável maestro Roberto Tibiriçá e como solista Nelson Freire, por muitos da crítica especializada considerado o maior do Brasil, a Orquestra Sinfônica da UFRJ estará consolidando o status de poder acompanhar no mesmo nível de execução as perfomances destes dois ícones da música sinfônica brasileira.

 

 ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ
ABERTURA DA TEMPORADA 2017

 

17 DE MARÇO - 19h
SALÃO LEOPOLDO MIGUEZ REGÊNCIA: ERNANI AGUIAR VIOLONCELO: ELEONORA FORTUNATO TROMPA: TIAGO CARNEIRO PROGRAMA Joly BRAGA-SANTOS
Noturno Op. 12 Joseph HAYDN
Concerto para trompa e orquestra nº 2
Allegro moderato
Adagio
Allegro
Solista: Tiago Carneiro Liduino PITOMBEIRA
Concerto para violoncelo e orquestra Op. 53 (estreia carioca)
1. Porto Alegre
2. Paraíba
3. Buenos Ayres
Solista: Eleonora Fortunato Roberto MACEDO
Sinfonia nº 1 (estreia mundial)
Allegro
Adagio
Allegro Vivace

Eleonora Fortunato Rodrigues é violoncelista da Orquestra Petrobrás Sinfônica e da Orquestra da UFRJ e professora de violoncelo. Cursa o Mestrado PROMUS. É bacharel em violoncelo pela UNICAMP e em Licenciatura pela Escola de Artes Aplicadas, na classe do exímio professor Miguel Rocha (Portugal). Estudou no Cigam, onde cursou aulas de piano, violão e de harmonia com Dalton Coelho , Claudio Bergamini , Humberto Mirabelli e Adrian Barbet. Formou-se em improviso na classe de Humberto Mirabelli. Em 2005 solou o "Concerto Tríplice" de Beethoven, com Andrea Moniz (violino) e Andrés Roig (piano) no Festival de Inverno de Petrópolis, Dell'art , tendo masterclass com Kurt Masur. Fez uma turnê de recitais em Salvador, Recife, Fortaleza e Aracaju no projeto "Jovens Solistas fazem Câmera", também pela Dell'Árt. Foi spalla nas seguintes orquestras: Orquestra Sinfônica de Jundiaí, Orquestra Experimental de Repertório e Camerata Philarmonia. Foi professora da Escola de Música de Jundiaí. Participou da Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, da Camerata Solos e do Grupo Música Nova. Com o duo Laranjeiras-Icaraí, formado por Eleonora Fortunato Rodrigues e Rubens Tubenschlak. ganhou o prêmio Funarte para concertos didáticos. Em 2011 solou a peça Consonare, de Rodrigo Lima, na Bienal de Música Contemporânea. Tem duo com o pianista e compositor Adrian Barbet e também com Gijs Andriessen, com quem estreou a obra Moonscap em agosto de 2015, na Sala Leopoldo Miguez. Liduino Pitombeira lhe dedicou a obra: ehoeteke!sykyîe opus 219 (2017). É autora do livro "O chão é o ar", Editora Patuá (2015). Atuou como violoncelista nas peças de teatro 'Noites de Rei", "Os ignorantes" e "Deve haver algum sentido em mim que basta"e " Minha vida não foi Bárbara". Tem faixas solo nos CDs "Meu Tempo" de Glorinha de Oliveira e "Teatro - Temas e Canções", de Ricardo Leão. Gravou a trilha de Bibo Bassini no filme "Beijo de Carnaval", de Ranieri Figueiredo. Fez parte em 2010 da banda " Baile Convulsão" tendo participado de vários shows e gravando duas faixas no CD " Uma palavra". Participou do Colóquio DELEUZE & GUATTARI filosofia prática, em 2011, com o trio Sacou- Tocou (improviso livre ao vivo), no teatro Cacilda Becker. Tem poemas publicados na revista Inimigo Rumor (números 18 e 19), na revista Modo de Usar & Co (número 2), e na revista francesa Action Poétique, com a antologia "Poètes du Brésil aujourd´hui" , no blog de poesias Asescolhasafectivas e na Revista Mallarmargens. Em setembro de 2015 recitou o poema " Ao redor do amor", poema seu e de Antonio Lazzuli, frente à Orquestra Petrobras Sinfônica, na Série Alliansce, em São Paulo. É poeta convidada da exposição "Poesia Agora", que esteve em São Paulo e agora está em Salvador. Tiago Carneiro possui graduação em Música - Conservatório Brasileiro de Música. Atualmente é músico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. No ano de 2015 participou da Hornweek International Horn Festival na Academia de música na Polônia- Cracóvia, onde se apresentou e fez aulas com diversos professores renomados como: Will Sanders (Holanda), Willy Bessems (Alemanha) e Szabolcs Zempleni (Hungria). Concluiu o curso de Pós- Graduação (especialização) em Música de Câmara, e ganhou no ano de 2014 um dos prêmios do IV Concurso de música de Câmara do Festival Villa-Lobos. Participa frequentemente como trompista convidado da Orquestra Petrobrás Sinfônica, Orquestra do Theatro Municipal.