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Concertos UFRJ: Música de Câmara

A edição desta semana de Concertos UFRJ reprisa programa originalmente veiculado em janeiro deste ano e dedicado a musica de câmara - um dos gêneros mais importantes da música de concerto. Em destaque, obras de Haydn, Villa-Lobos, Vieira Brandão e Poulec. Resultado de um convênio da universidade com a Roquette Pinto, a série vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM, sob o comando de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ)..

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.

A expressão música de câmara denota usualmente peças escritas para pequenos conjuntos instrumentais e destinadas à execução em salas de concerto menores e para platéias reduzidas. O gênero ganhou impulso significativo com o classicismo. Entre quartetos de cordas, sonatas e obras para vários tipos de conjuntos com ou sem piano, a diversidade da criação no final do século XVIII é impressionante. O público consumidor deste tipo de música incluía tanto a aristocracia como a burguesia culta, sendo as cortes e os salões em voga os espaços privilegiados para sua audição.

 

Com o tempo se acumulou um sofisticado e vasto repertório e se desenvolveu uma série de formações instrumentais e tímbricas características. Nessa trajetória, cabe lugar de destaque o austríaco Joseph Haydn (1732-1809), mestre do classicismo vienense e compositor intensamente profícuo. Haydn tem sido apontado como o responsável pela consolidação de formações, hoje tradicionais, como trio com piano, para a qual escreveu 45 peças, e quarteto de cordas, a qual dedicou nada menos do que 68 partituras – uma produção não só volumosa, mas de elevado nível de sofisticação e requintada expressão artística. O programa apresenta o Trio em sol maior para violino, violoncelo e piano H. XV no. 25, dos mais conhecidos do compositor, cujo subtítulo “Cigano”, deriva do último movimento, um Rondo all’Ongarese, inspirado na música popular húngara que Haydn conheceu quando a serviço do príncipe Eszterházy, seu patrono.

 

Bem distante das preocupações clássicas, o Sexteto Místico de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) adota uma formação inusitada: flauta, oboé, saxofone, harpa, celesta e violão. Composta em 1917, nele transparece a influência do impressionismo francês e é evidente a busca por horizontes mais amplos do que os oferecidos pelo romantismo, que se expressa de forma contundente na adoção da harpa, do violão e da celesta como instrumentos harmônicos em detrimento do piano.

 

A terceira obra apresentada por Concertos UFRJ foi o Duo para oboé e violoncelo de José Vieira Brandão (1911-2002). Formado no Instituto Nacional de Música, atual Escola de Música da UFRJ, a trajetória de Brandão está intimamente vinculada ao nacionalismo de Villa-Lobos, do qual foi assistente no Conservatório Nacional de Canto Orfeônico e primeiro intérprete de várias de suas obras.

 

O programa se encerra com o Sexteto para piano, flauta, oboé, clarineta, fagote e trompa de Francis Poulenc (1899-1963), compositor francês que integrou o chamado Grupo dos Seis (Les Six). Inspirados em Erik Satie e Jean Cocteau e na contramão das experiências das vanguardas e dos modernismos, esses autores propunham o regresso à melodia, ao contraponto e ao sistema total, além de valorizarem a precisão, a simplicidade e a concisão.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Programa

 

  1. Joseph HAYDN (1732-1809) – Trio em sol maior “Cigano” para violino, violoncelo e piano H. XV no 25 com o Trio Beaux Arts.
  2. Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Sexteto Místico com Antônio Carlos Carrasqueira na flauta, Luis Carlos Justi no oboé, Dilson Florêncio no saxofone, Cristina Braga na harpa, Maria Teresa Madeira na celesta e Turíbio Santos no violão.
  3. José VIEIRA BRANDÃO (1911-2002) – Duo para oboé e violoncelo com James Ryon (oboé) e Regina Mushabac (violoncelo).
  4. Francis POULENC (1899-1963) – Sexteto para piano, flauta, oboé, clarineta, fagote e trompa com Pascal Roge (piano), Patrick Galois (flauta), Maurice Bourgue (oboé), Michael Portal (clarineta), Amaury Wallez (fagote) e André Cazalet (trompa).

Correspondência

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