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Bach em “Concertos UFRJ”

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

 
 
Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.
  

Aproveitando o interesse despertado pelo Ciclo Bach 2010, “Concertos UFRJ” revisitou a obra deste grande expoente do barroco na música - um dos compositores mais importantes da tradição ocidental. E dos mais prolíficos também. O Bach Werke Verzeichnis (Catálogo de Obras de Bach, usualmente abreviado para BWV), publicado por Wolfgang Schmieder em 1950, lhe atribui mais de mil peças conhecidas. É, mesmo assim, um levantamento parcial, pois muita coisa está, infelizmente, desaparecida ou perdida para sempre. 

Apresentado por André Cardoso, regente e professor da Escola de Música (EM), “Concertos UFRJ” vai ao ar toda segunda-feira às 22h e é resultado de uma parceria da Escola com a Rádio Roquete Pinto (FM 94,1). O sétimo programa da série contou com a produção de Paulo Peloso, docente da mesma instituição. 

Johann Sebastian Bach nasceu em 1685, em Eisenach, uma pequena cidade da Turíngia, região central da Alemanha, no seio de uma ilustre família de músicos luteranos e, ao contrário de outros compositores da sua época, não conheceu outros países da Europa, embora a sua música incorpore ritmos e melodias de diversas outras fontes nacionais. Teve sete filhos no seu primeiro matrimónio e treze no segundo, sendo que destes, quatro, alcançaram destaque nos meios musicais. Faleceu em Leipzig, em 1750, após viver 65 anos. 

As melodias de Bach combinam o mais inventivo da produção italiana, francesa e alemã do seu tempo com os recursos engenhosos do contraponto.  Aliás, a técnica contrapontista de Bach está entre as mais cuidadosas e precisas: os prelúdios e fugas de O Cravo Bem Temperado e A Arte da Fuga são considerados ainda hoje o ápice do estilo e culminância do pensamento polifônico. Entretendo, suas obras oferecem mais emoção do que o rigor e a sofisticação formal inicialmente sugerem. 

Também desperta grande interesse as seis peças que escreveu sob influência de Antonio Vivaldi, os famosos concertos de Brandenburgo, considerados por muitos críticos a sua mais perfeita obra instrumental. Nesses concertos grossos (concerti grossi), dos últimos que foram escritos no século XVIII,.Bach erigiu um monumento ao gênero. Experimenta neles todas as combinações possíveis de orquestração e de polifonia instrumental e, embora sendo música absoluta, sem apelo, portanto, a sentimentos extramusicais, sugerem extensa gama de emoções: alegria, melancolia, meditação, ternura e, sobretudo, brilho virtuosístico aliado à intensa energia mental. 

As obras sacras são um capítulo a parte na imensa produção de Bach. Tomado por uma profunda e sincera religiosidade, a ponto de alguns críticos o chamarem de o Quinto Evangelista, escreveu cantatas, paixões, oratórios e motetos que são modelos insuperáveis do gênero. 

Entretanto o interesse que nos desperta hoje sua obra contrasta com o reconhecimento discreto que alcançou em vida. Aclamado como um virtuose do órgão, suas composições foram, porém, consideradas antiquadas e pouco criativas. Após a morte, caíram no esquecimento do público, apesar de músicos como Haydn, Mozart e Beethoven terem se encantado com as poucas a que puderam ter acesso. 

Deve-se a Mendelssohn (1809 – 1847) a retomada do prestígio de Bach. Ele estudou minuciosamente por cinco anos a partitura da Paixão Segundo São Mateus, até conseguir apresentá-la em Berlim, em 1829. Recebida com grande entusiasmo, a partir daí, as partituras do mestre voltaram a ser executadas com assiduidade. 

O programa "Concertos UFRJ" pode ser acompanhado on line ou através do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto. Contato por meio do correio eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Programação de Setembro

 Programa 6 – Dia 6 de setembro – O Padre Mestre 

Se hoje muitos reconhecem o "Aleijadinho" e Mestre Valentim como os mais geniais representantes do barroco brasileiro com certeza ignoram os nomes dos músicos que foram os compositores contemporâneos aos dois mestres escultores. Dentre os compositores brasileiros do período destaca-se o nome do Padre José Maurício Nunes Garcia, que deve ser colocado ao lado do "Aleijadinho" e de Mestre Valentim como um dos mais brilhantes artistas do período colonial e cuja obra é uma das mais importantes do patrimônio cultural brasileiro. 

• Gradual de Nossa Senhora "Virgo Dei Genitrix" com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• Gradual para a Festa dos Reis "Omnes de Saba Venient" com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• "Glória" da Missa de Nossa Senhora da Conceição com a Orquestra Sinfônica Brasileira, o Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, o soprano Rozana Lamoza, o tenor Fernando Portari e o barítono Homero Velho e a regência de Roberto Minczuk.
• "Domine Deus" da Missa de Nossa Senhora da Conceição com Rosana Lamoza, Lívia Dias, Adriana Clis, Fernando Portari, Rafael Tomaz e Homero Velho, a Orquestra Sinfônica Brasileira e a regência de Roberto Minczuk.
• "Cum Sancto Spiritu" da Missa de Nossa Senhora da Conceição com Rosana Lamoza, Adriana Clis, Fernando Portari e Homero Velho, o Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica Brasileira e a regência de Roberto Minczuk.
• Fantasia no. 6 do Método de Pianoforte com o cravista Antônio Carlos Magalhães.
• Salmo 116 "Laudate Dominum" com o Ensemble Turicum e a direção de Luis Alves da Silva.
• Te Deum para as Matinas de São Pedro com o soprano Veruschka Mainhard, a mezzo soprano Carolina Faria, o tenor Geilson Santos e o baixo Maurício Luz, o Coro Sinfônico e a Orquestra Sinfônica da UFRJ e regência de Ernani Aguiar. 

Programa 7 – Dia 13 de setembro – Ciclo Bach – Programa produzido pelo professor Paulo Peloso. 

Bach é um dos pilares da música de concerto universal e em 2010 é homenageado pelos 260 anos de sua morte. O programa apresenta uma visão eclética da obra de Bach, inclusive com algumas reinterpretações modernas, na semana do Ciclo Bach promovido pela Escola de Música em parceria com a Sala Cecília Meireles em concertos na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro. 

• Concerto em ré menor para dois violinos BWV 1043 (1º movimento) com a Academia de Música Antiga, Andrew Manze (regente e 1º violino) e Rachel Podger (2º violino).
• Toccata em re menor BWV 565 para órgão com o organista Helmut Walcha ao órgão da Igreja de São Lourenço, Alkmaar, Holanda.
• Coral "Por ti clamo, Senhor Jesus Cristo" do Pequeno Livro de Órgão BWV 639 com a organista Gertrud Mersiovsky ao órgão da Abadia Beneditina de Ottobeuren, Alemanha.
• Prelúdio da Suíte Inglesa em sol menor BWV 808 com o pianista Sviatoslav Richter.
• Coral "Jesus Alegria dos Homens" da Cantata BWV 147 com o pianista Dinu Lipatti.
• Ária das Variações Goldberg BWV 988 com o pianista Glenn Gould.
• Badinerie da Suite Orquestral no 2 BWV 1067 com o grupo vocal The Swingle Singers.
• Sonata em mi bemol maior para flauta e cravo BWV 1031 (segundo movimento) com o flautista Aurèle Nicolet, tendo ao cravo Karl Richter.
• Prelúdio em mi bemol maior para alaúde BWV998 com Jakob Lindberg.
• Prelúdio em ré menor para alaúde BWV999 com Juliam Bream.
• Prelúdio da Suíte para Violoncelo em Sol Maior BWV 1007 com o violoncelista Maurice Gendron.
• Coro inicial do Magnificat BWV 243 com o Coro e a Orquestra Bach de Munique, sob a regência de Karl Richter.
• Coro da Paixão Segundo São Mateus BWV 244 com o Coro do King's College de Cambridge e regencia de Stephen Cleobury.
• Contrapunctus 1 da Arte da Fuga BWV 1080 com Marcelo Fagerlande e Ana Cecília Tavares ao cravo.
• Concerto em dó menor BWV 1060 para violino, oboé e cordas (1º movimento) com o Collegium Aureum, Franzjosef Maier no violino, Helmut Hucke no oboé, Bob Van Asperen no cravo, sob a regência de Gustav Leonhardt. 

Programa 8 – Dia 20 de setembro – Representações da Primavera 

O mês de setembro nos traz uma nova estação do ano. Para alguns aquela mais diretamente ligada à natureza. Diversos compositores em diferentes épocas procuraram representar em música as belezas e a força da natureza e seus elementos. Uma das estações do ano que mais inspirou os compositores foi a Primavera e hoje, faltando poucos dias para seu início, traremos a você obras nela inspiradas. 

• Antonio VIVALDI – Primavera de As Quatro Estações.
• Joseph HAYDN – Introdução e coro de "A Primavera", primeira parte do oratório "As Estações" com John Elliot Gardiner à frente do Coro Monteverdi e dos Solistas Barrocos Ingleses.
• Robert SCHUMANN – Quarto movimento da Sinfonia no 1 em Sib op. 38 "Primavera" com a Orquestra Sinfônica de Roterdam e regência de Eliahu Imbal.
• Alexander GLAZOUNOV – Primavera – Cena do Ballet "As Estações" op. 52 com a Orquestra Sinfônica da Rádio da Bratislava e regência de Ondrej Lenárd.
• Claude DEBUSSY – Suíte Sinfônica "Primavera" com a Orquestra de Cleveland e regência de Pierre Boulez.
• Ottorino RESPIGHI – Primavera dos Três quadros de Botticelli com a Academia de Saint Martin in the Fields e regência de Neville Marriner.
• Darius MILHAUD – Pequena Sinfonia no 1 "A primavera" op. 43 com a Orquestra da Rádio de Luxemburgo e regência do compositor.
• Johann STRAUSS JR. – Valsa "Vozes da Primavera" com a Orquestra da Ópera Popular de Viena e regência de Peter Falk. 

Programa 9 – Dia 27 de setembro – Panorama das Orquestras Brasileiras 

Sendo uma das mais representativas manifestações musicais da cultura ocidental, a orquestra sinfônica espalhou-se pelos quatro cantos do planeta como guardiã do grande repertório sinfônico de todos os tempos e como dínamo da vida musical contemporânea. Neste programa vamos conhecer um pouco do trabalho das principais orquestras brasileiras de diversas regiões. 

• José de ARAÚJO VIANNA – Prelúdio da ópera "Carmela" com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e a regência de Ion Bressan.
• Francisco BRAGA – Poema-sinfônico "Cauchemar" com a Orquestra Sinfônica do Paraná e a regência de Roberto Duarte.
• Ronaldo MIRANDA – Segundo movimento da Sinfonia 2000 com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília e regência de Silvio Barbato.
• SIVUCA – "Aquariana" com a Orquestra Sinfônica de Recife e regência de Osman Gioia.
• Camargo GUARNIERI – Dança Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e regência de Henrique Morelenbaum.
• Francisco MIGNONE - "Nossa Senhora Aparecida", quarto movimento do poema-sinfônico "Festa das Igrejas" com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a regência de Davi Machado.
• Fructuoso VIANA – Dança de Negros com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e regência de Benito Juarez.
• Cláudio SANTORO – Frevo com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e regência de John Neschling.
• Joseph RHEINBERGER – Abertura "Der arme Heinrich" com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Albert Fromelt.
• Heitor VILLA-LOBOS – Elegia com a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e regência de Silvio Barbato.
• Alberto NEPOMUCENO – Batuque da Série Brasileira com a Orquestra Sinfônica Brasileira e regência de Isaac Karabtchevsky.
• Igor STRAVINSKY - Movimento final do ballet "O Pássaro de fogo" com a Orquestra Petrobrás Sinfônica e regência de Isaac Karabtchevsky.

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