Re-Inventing Smetak com Ensemble Modern: concertos e master class

Com apoio do Instituto Goethe e do Deutscher Akademischer Austausch Dienst (DAAD), o grupo alemão Ensemble Modern apresenta em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro o concerto Re-Inventing Smetak. Homenagem ao músico, compositor e pesquisador suíço-brasileiro Walter Smetak (1913-1984), no Rio, o espetáculo será dia 01 de julho, às 20h, na Sala Cecilia Meireles. A rrrealização é da Dell'Arte Soluções Culturais.

	Fotos: Reprodução
	Acima, Walter Smetak. Ao centro e abaixo,  Ensemble Modern.
	Formulário de incrição para master class e concertos abertos

O experimentalismo do conjunto abarca a fusão de formas de arte e s escolha do repertório. Os programas fogem do tradicional, ao proporem obras musicais para teatro, projetos de dança e vídeo, concertos de música de câmara e orquestral. As obras inéditas, chanceladas pelos próprios compositores que acompanham o trabalho do grupo, são constantes em suas apresentações, como no caso do concerto no Rio que apresenta quatro estreias brasileiras. Na Escola de Música, o Ensemble oferece master class, dias 28 e 29, e realiza dois ensaios abertos, nos dias 29 e 30. Podem participar do master class alunos, professores e grupos da EM. As inscições podem ser feitas pelo respectivo formulário eletrônico.

Re-Inventing Smetak

Re-Inventing Smetak inspira-se na obra de uma das personalidades esquecidas da história da música europeia que em 1937 emigrou para o Brasil. Como músico, poeta, escultor e inventor de instrumentos, Smetak foi um dos precursores da contra-cultura brasileira e influenciou o movimento Tropicália e a cena musical do país. Suas "esculturas ressonantes" incluem instrumentos de cordas convencionalmente jogados, bem como objetos de arte visual, carregados de significado simbólico. Re-inventar Smetak é o resultado da exploração intensiva de quatro compositores do mundo sincrético do inventor musical. Os trabalhos encomendados neste contexto foram inspirados por vários aspectos de seu trabalho: a sua micro-tonalidade, que ele concebe como um ato de libertação das normas dos sistemas tonais, suas práticas coletivas de improvisação, seus instrumentos experimentais e esculturas retumbantes. Os resultados da "reinvenção" do fenomenal mundo de som e ideias de Walter Smetak serão ouvidos em Frankfurt, em Berlim, além do Brasil. Os concertos são complementados por uma exposição, palestras e painéis, bem como um workshop com participantes alemães e brasileiros.

O Ensemble Modern

	Foto: Reprodução
	Site do conjunto: www.ensemble-modern.com

O Ensemble Modern é um dos mais conceituados representantes da Nova Música. O grupo musical, sediado em Frankfurt, inova não apenas em seus arranjos e interpretações, mas também em sua organização. Os 20 solistas, provenientes de diversas partes do mundo, formam um coletivo musical que dispensa a figura do diretor artístico. Nele, todas as decisões, artísticas e administrativas, são tomadas democraticamente pelo grupo. O grupo já se apresentou em festivais concorridos e salas de concerto renomadas, como o Salzburger Festspiele, Klangspuren Schwaz, o Bregenzer Festspiele, o Wien Modern, o Festival d'Automne à Paris, o Holland Festival, o Klangspuren Schwaz, o Berliner Festspiele, o Ruhrtriennale und Lucerne Festival, bem como Wigmore Hall, Cité de la Musique, Tokyo Wondersite, Concertgebouw Amsterdam, Elbphilharmonie, Kölner Philharmonie, Konzerthaus Berlin, Festspielhaus Baden-Baden. O conjunto, desde 1985, tem sua própria série na Alter Oper Frankfurt, onde apresenta sua produção mais recente. Regularmente executa peças em cooperação com a Ópera de Frankfurt, bem como realiza uma série de concertos e oficinas intitulada "Happy New Ears", destacando compositores dos séculos XX e XXI. Desde 2011 o Ensemble apresenta, em parceria com a Orquestra Sinfônica da Rádio de Frankfurt, uma série de concertos no festival da Bienal de Música Contemporânea de Frankfurt. Com objetivo de alcançar o mais alto grau de autenticidade, o Ensemble colabora estreitamente com compositores contemporâneos. Os músicos ensaiam uma média de 70 novas obras a cada ano, 20 das quais são estreias mundiais. Seu trabalho é caracterizado por empreendimentos cooperativos extraordinários e a longo prazo com artistas importantes, como John Adams, George Benjamin, Peter Eötvös, Heiner Goebbels, Hans Werner Henze, Mauricio Kagel, György Kurtág, Helmut Lachenmann, György Ligeti, Benedict Mason, Karlheinz Stockhausen, Steve Reich ou Frank Zappa. Além de concertos e apresentações, o Ensemble Modern divulga seu trabalho através de gravações regulares em rádios rádios e CDs, muitas das quais ganharam Prêmios ECHO e o Prêmio dos Críticos Fonográficos Alemães, bem como várias nomeações para os Grammy. Quase 30 das mais de 150 dos CDs do grupo foram lançadas pelo próprio selo Ensemble Modern Media. Em 2003, o Ensemble Modern fundou a Academia Ensemble Moderna Internacional (IEMA) para agrupar seus projetos de educação sob um mesmo teto e transmitir o patrimônio musical do modernismo. Os formatos da IEMA são desenvolvidos para grupos-alvo específicos e incluem o curso de mestrado em "Música Contemporânea" para jovens músicos profissionais, em cooperação com a Academia de Música e Artes do Frankfurt, bem como cursos de mestrado internacional, seminários de composição e projetos escolares. Iniciativas que buscam, com uma abordagem aberta e criativa, educar um público amplo acerca as tendências musicais e processos artísticos contemporâneas. O Ensemble Modern é financiado pela Fundação Cultural Federal Alemã, pela Cidade de Frankfurt, pela Academia do Ensino Alemão, e pelo Ministério da Ciência e Arte do Estado de Hesse e o Gesellschaft zur Verwertung von Leistungsschutzrechten (GVL). O Ensemble Modern recebe ainda aoprtes da Fundação Aventis e tem o Hr2-kultur, como parceiro aora assuntos culturais.