176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

OSUFRJ apresenta a Sinfonia nº 4 de Mahler

Na próxima segunda-feira, 22, a Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), mais antiga orquestra do Rio de Janeiro, se apresenta no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, em concerto gratuito. Considerada a sala com a melhor acústica da cidade, o Salão Leopoldo Miguez data de 1922.

 

 Foto::Divulgação
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 Luisa Suarez, solista da Sinfonia de Mahler.

Sob a regência de Felipe Prazeres, o programa traz três jovens solistas em peças do final do século XIX e início do século XX, essenciais no repertório clássico, de três grandes compositores: Ravel, Sarasate e Mahler. Gabriel Vieira, de 18 anos, aluno de harpa da Escola de Música, aprovado no concurso anual para solistas da OSUFRJ - voltado aos estudantes do bacharelado da Escola -, será o solista da bela peça Introdução e Allegro, de Maurice Ravel.

 

Em seguida, a violinista Priscila Plata Rato, de 29 anos, uma das mais expressivas de sua geração, toca com a orquestra a Fantasia Carmen, de Pablo de Sarasate, compositor e violinista espanhol radicado na França na segunda metade do século XIX. Sarasate, que foi considerado um virtuoso, compunha peças para integrar o seu próprio repertório, e compôs esta fantasia sob a ópera Carmen, de Bizet, que explora os temas da música da ópera e exige técnica apurada do solista.

 

O concerto se encerra com a Sinfonia nº 4, de Gustav Mahler, um dos mais importantes compositores de música sinfônica, marco da virada do século. Sendo uma sinfonia bastante lírica e pouco dramática – em comparação às demais sinfonias do compositor – a obra foi escrita para soprano e orquestra. No quarto movimento, Das himmlische Leben (A Vida Celestial), Mahler retoma uma de suas canções (Lied) escrita alguns anos antes, onde uma voz de soprano enuncia os prazeres gastronômicos do céu. Luisa Suarez, cantora revelação de 2016 pelo Jornal O Globo, que foi aluna da Escola de Música da UFRJ, faz a aclamada peça de Mahler com a OSUFRJ.

 

estrela SER­VIÇO
Data: 22 de maio de 2017. Local: Escola de Música da UFRJ/Salão Leopoldo Miguez. Rua do Passeio, 98, Lapa. Horário: 19h. Lotação da casa: 400 lugares. Entrada franca e livre (não há distribuição de senhas)

 

 ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ
22 DE MAIO - 19H SALÃO LEOPOLDO MIGUEZ REGÊNCIA: FELIPE PRAZERES
HARPA: GABRIEL VIEIRA
VIOLINO: PRISCILA PLATA RATO
SOPRANO: LUISA SUAREZ

PROGRAMA Maurice RAVEL
Introdução e Allegro
Solista: Gabriel Vieira Pablo SARASATE
Fantasia Carmen, Op. 25
Allegro moderato
Moderato
Lento assai
Allegro moderato
Moderato
Solista: Priscila Plata Rato Gustav MAHLER
Sinfonia nº 4
Bedächtig, nicht eilen
In gemächlicher Bewegung, ohne Hast
Ruhevoll, poco adagio
Sehr behaglich
Soprano: Luisa Suarez

Felipe Prazeres - regente
Um dos mais conceituados músicos de sua geração, Felipe Prazeres atua como spalla da Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES) desde 2001. Atualmente, exerce ainda as funções de regente assistente de Isaac Karabtchevsky e regente da Academia Juvenil, projeto educativo da OPES. É diretor artístico da orquestra Johann Sebastian Rio. Na função de regente, já esteve à frente de orquestras como a World Youth Symphony, na Itália, OPES, Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) e Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ (ORSEM). Como solista, atuou ao lado das principais orquestras do Brasil, como OPES, OSB, OSPA, OSBA, OFES e ORSEM. Iniciou seus estudos aos onze anos e, aos quatorze, já atuava como solista frente à Orquestra Petrobras Sinfônica. Graduou-se na Uni-Rio sob orientação de Paulo Bosísio e cursou pós-graduação na renomada Academia de Santa Cecilia, em Roma, na classe de Domenico Nordio. Obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional de Cordas de Juiz de Fora, em 1997, no Concurso Interno da Uni-Rio, em 1998, e no Concurso Nacional de Música IBEU, em 1999. Colaborou com renomados maestros, como Isaac Karabtchevsky, Armando Prazeres, Carlos Prazeres, Roberto Tibiriçá, André Cardoso, Silvio Barbato, Ernani Aguiar, dentre outros. Participou de masterclasses, como executante, com Augustin Dumay, Camila Wicks, Pierre Amoyal, Domenico Nordio, Boris Belkin, Ole Bohn, dentre outros artistas de prestígio. Tanto como solista e camerista quanto como professor, participa ativamente do cenário brasileiro e internacional de música. Por nove anos, foi professor na Oficina de Música Cinves, em Juiz de Fora. Por dez anos, apresentou-se na série de música de câmara do Museu Vigeland, na Noruega. Luisa Suarez – soprano
A soprano Luisa Suarez estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro na ópera Orfeu e Eurídice (Gluck), onde interpretou o Amore. Integrante da Academia de Ópera Bidu Sayão do Theatro Municipal-RJ, participou de suas montagens das óperas Serse (Handel) e Dido e Enéas (Purcell), interpretando respectivamente os papéis de Atalanta e Segunda Mulher, e atuou também como solista em sua primeira Gala Lírica. Também no Theatro Municipal integrou o elenco da ópera O Menino Maluquinho de Ernani Aguiar, e, no Centro Cultural Banco do Brasil-RJ, participou da ópera Pygmalion de Rameau, onde interpretou a Estátua. Atuou como solista no concerto "Natal das Mulheres" com a Orquestra Sinfônica da Bahia, e, no Rio de Janeiro, cantou na Sala Cecilia Meirelles no concerto "Les Mélodies". Além disso, se apresentou em recitais realizados no Istituto Italiano di Cultura, Museu Nacional de Belas Artes, Espaço BNDES, Teatro Maison de France, Teatro João Caetano, Finep, Midrash e Festival Vale do Café. Já se apresentou com o Coro Sinfônico do Rio de Janeiro e o grupo de câmara Calíope. Graduou-se, com distinção, no Bacharelado em Artes Dramáticas pela Universidade de Toronto (Canadá) e é também Bacharel em Canto pela Escola de Música da UFRJ.

 Fotos:Divulgação
 
  
 
 Acima, Priscila Rato. Abaixo, Gabriel Vieira.

Priscila Plata Rato – solista (violino)
Considerada uma das solistas mais expressivas da atualidade, aos 14 anos venceu o Concurso Jovens Solistas da OSBA e tocou com Salomão Rabinovitz, então spalla da orquestra. É violinista da Orquestra Sinfônica Brasileira e por dois anos foi spalla da Orquestra Sinfônica da Bahia. Estudou com o regente e violinista Bernardo Bessler e integrou a Orquestra Camerata Jovem e a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem. Estudou ainda na Suíça, na Academia Menuhin, com o romeno Liviu Prunaru, spalla da Concertgebouw de Amsterdã, e com Maxim Vengerov. Vem de uma tradicional família de músicos. Seus pais são o flautista Carlos Rato, que tocou na orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e a pianista e professora Nieves Plata Rato, e sua avó, a pianista Iracema Plata, foi aluna de Villa-Lobos. Gabriel Vieira – solista (harpa)
Natural de Jaraguá do Sul (SC), Gabriel iniciou seus estudos de música no colégio, aos 9 anos. Aos 12 teve seus primeiros contatos com a harpa através do projeto social Música Para Todos. Desde então, se dedica ao instrumento, participando de festivais e masterclasses pelo Brasil, tendo aula com nomes importantes do cenário internacional da harpa, como Rita Costanzi (EUA) e Isabelle Moretti (FR). Em 2016, ingressou no Bacharelado em Harpa na EM-UFRJ, na classe da renomada harpista Cristina Braga. Hoje, aos 18 anos e cursando o terceiro período da faculdade, é membro da Orquestra Sinfônica da UFRJ e vem fazendo participações especiais em grupos como a Orquestra Petrobras Sinfônica. A Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) é a mais antiga orquestra do Rio de Janeiro e tem sua origem nos tempos da Primeira República quando o Instituto Nacional de Música (INM), herdeiro do antigo Conservatório fundado por Francisco Manuel da Silva (1795-1865) em 1848, era a única instituição federal de ensino musical do país. Diversos regentes com ela atuaram, entre os quais podemos destacar os compositores Francisco Mignone (1897-1986), Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948) e José Siqueira (1907-1985) e os maestros Souza Lima (1898-1982) Armando Belardi (1900-1989), Eleazar de Carvalho (1912-1996), Mário Tavares (1928-2003) e Henrique Morelenbaum. As óperas passaram a fazer parte da temporada anual de concertos a partir de 1949 quando foi apresentada Moema de Delgado de Carvalho no Theatro Municipal em comemoração ao centenário de fundação do Conservatório de Música. Em 1969 a orquestra foi reformulada e o maestro Raphael Baptista (1909-1984) nomeado seu regente titular. Foi sucedido em 1979 pelo maestro Roberto Duarte, que esteve à frente do conjunto por mais de quinze anos. Desde 1998 está sob a direção artística dos maestros André Cardoso e Ernani Aguiar. Em 1997, realizou a gravação integral do Colombo de Carlos Gomes (1836-1896), que mereceu dois importantes prêmios: Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de "Melhor CD de 1998" e Prêmio Sharp 1998 de "Melhor CD" na categoria música erudita. A orquestra participa também de importantes eventos da vida musical carioca como o Festival Villa-Lobos e a Bienal de Música Brasileira Contemporânea, se apresentando nas principais salas de concertos, como o Theatro Municipal e Sala Cecília Meireles. Na Escola de Música, se apresenta no Salão Leopoldo Miguez, onde os concertos são gratuitos. As funções acadêmicas da OSUFRJ visam principalmente o treinamento e a formação de novos profissionais de orquestra, solistas e regentes, além de ser importante veículo para divulgação de obras dos compositores brasileiros jovens e já consagrados. Uma de suas principais características, desde sua fundação, é a valorização da produção musical brasileira de todos os tempos, já tendo executado mais de uma centena de obras em estreia mundial.

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