176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

OSUFRJ encerra temporada com concerto na Sala Cecília Meireles

A Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) encerra a temporada 2014 com uma apresentação na Sala Cecília Meirelles, no próximo domingo, dia sete. O concerto, regido pelo maestro italiano Paolo Ponziano Ciardi, faz parte dos eventos que preparam a reabertura oficial daquela casa de espetáculos, interditada ao público por quatro anos para obras de restauração e revitalização.

 

Marcado para as 11h e com ingressos a preços simbólicos, constam do programa a Abertura Guilherme Tell, de Gioacchino Rossini; o Concerto para flauta e orquestra em ré maior op. 283, de Carl Reinecke; e o Te Deum para coro e orquestra, de Francisco Braga.  

As peças do programa

 Fotos: Ana Liao/Divulgação
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 Mais antiga orquestra do Rio de Janeiro, em 2014 a OSUFRJ completou noventa anos de atividade.
Abertura Guilherme Tell de Rossini (1792-1868) foi escrita em 1829 para a última ópera do compositor. Em quatro partes é rica em recursos instrumentais, desde o coral de violoncelos que a inicia, ao qual sucede a representação de uma tempestade, com passagens cromáticas nas cordas e explosão em fortíssimo dos sopros e percussão, que leva a um solo pastoral de corne-inglês contrapontado pela flauta. Encerra a obra a famosíssima marcha em que o trompete anuncia a chegada dos soldados suíços.

 

O longevo compositor Carl Reineke (1824-1910) nasceu na Alemanha e se notabilizou como professor de composição do famoso Conservatório de Leipzig e como regente da Orquestra do Gewandhaus da mesma cidade. Entre seus alunos encontram-se grandes compositores como Albéniz, Bruch, Delius, Grieg, Janacek, Sullivan e Svendsen. Seu Concerto para flauta em Ré maior op. 283 é um dos mais conhecidos e executados. Foi escrito no período final de sua carreira e data de 1908. Apesar de composto no século XX guarda características da música alemã do século anterior. O solista será o flautista Rômulo Barbosa.

 

O espetáculo conclui com a participação dos solistas Veruschka Mainhard (soprano), Beatriz Simões (mezzo), Ricardo Tuttmann (tenor), Marcelo Coutinho (barítono) e o Coro Sinfônico da UFRJ preparado por Maria José Chevitarese na execução do raramente ouvido Te Deum Alternado do compositor carioca Francisco Braga (1868-1945). A obra foi escrita em 1904 e continuava em manuscrito depositado na Biblioteca Alberto Nepomuceno da Escola de Música da UFRJ. A audição terá como base a edição produzida por Thiago Santos para sua tese de mestrado e incorporada ao Banco de Partituras da Academia Brasileira de Música (ABM). A belíssima obra do autor do Hino à Bandeira apresenta as entoações da primeira estrofe de cada parte do texto do Te Deum em gregoriano que se alternam com trechos originais compostos por Braga para os solistas e o coro. estrela Serviço
A Sala Cecília Meireles fica no Largo da Lapa, 47, Centro. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Telefones: (21) 2332-9223 e (21) 2332-9224. Ingressos a R$ 1.

 

Solistas e Regente

romulobarbosa2014x300Rômulo Barbosa é natural de Volta Redonda (RJ) e iniciou os seus estudos de música na infância através do Projeto "Volta Redonda Cidade da Música". Atou em grupos como Banda de Concerto de Volta Redonda, Orquestra Sinfônica Jovem da Fundação CSN, Academia Jovem Concertante. Atualmente é flautista da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, onde atua como professor de flauta através do projeto "Música nas escolas de Barra Mansa". Já se apresentou em salas importantes como os teatros municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo, Sala Arthur Rubinstein – Hebraica (SP), Sala São Paulo, Palácio das Artes em Belo Horizonte, Teatro Santa Isabel em Recife e Sala Cecília Meireles. Apresentou-se sob a regência de maestros como Isaac Karabtchevsky, Ernani Aguiar, André Cardoso, Guilherme Berstein, Helder Trefzger, Allastair Willis, Gunther Neold e Apo Hsu, dentre outros. Participou de festivais como o do Vale do Café, Mostra Internacional de Música de Olinda (MIMO), Painel de Bandas da Funarte, Festival Brasil-Alemanha, Festival de Inverno de Domingos Martins-ES. Frequentou master classes e workshops com flautistas como Celso Woltzenlogel, Eduardo Monteiro, Fernando Pacífico Homem, Johnn Barcelona (EUA), Jonathan Keeble (Universidade de Illinois), Anne La Berge (Holanda), Laura Ellen Paulu (Alemanha), Matias Allinn (Alemanha) e Emannuel Pahud (Suiça). Estudou com Celso Woltzenlogel e Helder Teixeira. Formado em Licenciatura Plena pelo Conservatório Brasileiro de Música, conclui o curso de Bacharelado em flauta na UFRJ na classe de Afonso Oliveira e Eduardo Monteiro. Veruschka-Mainhard-XXBienal-190Veruschka Mainhard realizou estudos no Brasil com Carol McDavit e Martha Herr, além de Uta Spreckelsen na Alemanha e Marianne Blok na Holanda. Participou de diversas máster classes ministradas por Jean-Paul Fouchécourt, Susie le Blanc, Monique Zanetti e Maria Venuti. Como bolsista da Fundação do Estado de Baden-Württemberg, aperfeiçoou-se ainda com Roland Hermann, Mitsuko Shirai, Hartmut Höll, Hilde Zadek e Jeffrey Gall na Alemanha e com Jorge Chaminé na Fundação Calouste Gulbenkian de Paris. É preparadora vocal do Coro de Câmara Pro-Arte e integrou o Coro do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Apresentou-se em tournée com o Coro e Orquestra Brasil Barroco em 1990 em Portugal e como preparadora vocal do Coro a Cappella da Associação de Canto Coral em várias cidades do Mercosul em 2000, divulgando a música brasileira. Na Escola de Música da UFRJ é professora de Dicção e Canto. Como camerista, vem se apresentando em importantes salas de concerto do país e no exterior.

Recentemente esteve na Alemanha e nas Antilhas Holandesas, onde apresentou-se em recitais e como solista da Orquestra da Händel Akademie sob a regência de Andreas Spering. Gravou vários Cds com destaque para o Requiem (1816) e Te Deum das Matinas de São Pedro de José Maurício Nunes Garcia e o Requiem de Marcos Portugal, ambos com a OSUFRJ para o selo Biscoito Fino.

 

beatriz-simoesBeatriz SimõES, nascida na cidade do Rio de Janeiro, participa ativamente de música desde cedo, tendo trabalhado, inclusive, como regente coral durante sua formação escolar. Concursada da fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde canta como mezzo-soprano, já teve a oportunidade de participar em montagens de ópera e de concerto, como Carmen, de Bizet, A Nona de Sinfonia de Beethoveen, Catulli Carmina de Carl Orff. Além disso, fora do Theatro, também já participou da montagem de Cosi Fan Tutte de Mozart, do Requiem de Verdi, da operetta Trial By Jury, de Gilbert e Sullivan e, atualmente, Suor Angelica, de Puccini, e O Diletante - sendo esta estreia mundial do compositor João Guilherme Ripper.

Também realizou repertório sinfônico e camerista, como Stabat Mater, de Pergolesi, Magnificat de Carl Philipp Bach e, através de sua participação no Coral Brasil Ensemble, com o qual já gravou dois CDs e através do qual realiza os mais diversos tipos de repertório em salas de concerto do Rio e de Minas, já cantou desde a missa do Padre José Maurício até a de Francisco Mignone. tuttamanRicardo TuttamanN graduou-se, em agosto de 1978, na Escola de Química da UFRJ. Graduou-se em canto no Conservatório Brasileiro de Música. Através de bolsa de estudos do Goethe Institut trabalhou o repertório de lied e ópera com o maestro Adolph Böhm, em Murnau na Alemanha. Em agosto de 2002 concluiu o mestrado na Escola de Música da UFRJ, sob orientação da Profa. Therezinha Schiavo. Na Universidade Cândido Mendes obteve, em 2006, o diploma de Licenciatura em Música. Gravou, em 1986, como tenor-solista, as Matinas de Natal do Padre José Maurício Nunes Garcia, com a Camerata Rio de Janeiro e a Associação de Canto Coral, sob a regência de Henrique Morelenbaun. Estreou, neste mesmo ano, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no papel de 'Messaggero', da ópera Aída de Verdi.Na temporada do ano seguinte cantou o papel do Steuermann do Navio Fantasma de Wagner e Flávio na Norma de Bellini. Transferiu-se para a Alemanha em 1988, quando foi contratado do Saarländisches Staatstheater Saarbrücken. Em 1990, assinou contrato com a Ópera Estadual de Hamburgo, onde permaneceu até 1997, ano em que retornou ao Brasil. Com a Ópera de Hamburgo apresentou-se em diversas outras casas de ópera, dentre os quais se destacam as Óperas de Tóquio e Nagoya (Japão), de Tel Aviv (Israel), o Liceo de Barcelona (Espanha), a Semperoper de Dresden (Alemanha) e o Theater an der Wien em Viena (Áustria). Retornou ao Brasil em 1997, onde dá prosseguimento à sua carreira lírica e camerística. Foi laureado em diversos concursos de canto, obtendo um total de 17 premiações, dentre as quais, quatro primeiros lugares e sete prêmios de Melhor Intérprete. Foi professor do Conservatório Brasileiro de Música e da Escola de Música Villa-Lobos. marcelocoutinho400Marcelo Coutinho é natural de Petrópolis. Iniciou sua carreira musical aos 8 anos, ao ingressar no coral dos "Canarinhos de Petrópolis", onde aprendeu teoria, violino e viola. Na Escola de Música da UFRJ graduou-se em canto (Magna cum Laude) em 1989, na classe da profa. Diva Abalada e obteve o título de mestre em música (musicologia) com a dissertação "O ciclo Ofelia no contexto da obra vocal de câmara de Henrique Oswald", sob a orientação do Prof. Dr. André Cardoso. Além do repertório camerístico, tem atuado como solista de importantes orquestras executando tanto o repertório sinfônico quanto operístico, no Brasil, America Latina e Europa.

Participou de várias edições da Bienal de Música Brasileira Contemporânea, onde realizou várias primeiras audições de obras de compositores como Ricardo Tacuchian, Marisa Resende, Roberto Victorio, João Guilherme Ripper, dentre outros. Tem em seu currículo mais de 20 gravações como solista, de obras brasileiras, tanto do repertório de música colonial brasileira, como de música contemporânea. Na Escola de Música da UFRJ é professor de Canto e Prática de Conjunto Vocal.

Além da carreira acadêmica desenvolve intensa atividade em estúdio como diretor musical e de dublagem, tendo dirigido filmes como: A Bela e a Fera, Aladdin, O Rei Leão, O Corcunda de Notre Dame, Shrek, Príncipe do Egito, Hércules, dentre muitos outros, atuando como regente, cantor e ator. ciardi2014Paolo Ponziano Ciardi nasceu em Genova e começou sua carreira de maestro em idade precoce. Paralelamente à sua preparação clássica e humanística, estudou piano, composição, órgão, direção de orquestra e regência coral. Frequentou cursos no Mozarteum em Salzburg under e na Accademia Chigiana, em Siena. Em 1981, recebeu bolsas de estudos para aperfeiçoamento na Hochschule für Musik em Viena. Estudou então regência orquestral com Otmar Suitner, regência de ópera com Karl Etti e regência coral com Gunther Theuring. Em 1978 o "Prêmio Personalidade Europeia" por seu trabalho.
Como maestro Ciardi é regularmente convidado a atuar com importantes orquestras, associações corais associações e sociedades de concertos internacionais. Entre esses: a Orquestra da RAI de Turim, o Teatro Verdi de Trieste; a Sociedade Opera Giovanni Pierluigi da Palestrina em Cagliari; o Teatro Rossini, em Pesaro; a Orquestra Alessandro Scarlatti de Nápoles, o Teatro de Opera Vincenzo Bellini de Catania; o Teatro da Ópera de Budapeste, o Teatro da Ópera de Spalato, na Croácia; a Filarmônica de Minsk e a Orquestra de Câmara de Budapeste; a Orquestra Nacional de Malta; a Orquestra de Concerto de Budapeste.
O maestro tem colaborado com solistas e cantores como Simon Estes, Mariella Devia, Istvan Ruha, Ilya Grubert, Felix Ayo, Massimo Quarta, Katia Ricciarelli e Simone Alaimo. Ganharam destaques na impressa especializadas suas performances no Tchaikowsky Hall, em Moscou; no Abravanell Hall, em Salt Lake City; na Universidade de Bonn; na Academia Liszt, em Budapeste; na "Salle des Blancs Penitentes" em Avignon; no Auditório da Cidade do México; o Teatro Romano, Cartagine; e na Academia Sibelius, em Helsínquia.
Ciardi foi professor de 1982 a 1986 no Conservatório Estatal de Música Jacopo Tomadini, em Udine; e de 1987 até hoje leciona Conservatório Estatal de Música; em Benevento. Ao mesmo tempo é diretor artístico da Accademia Strumentale di Roma e do Istituzione Sinfonica di Benevento e del Sannio.
Foi de 1992 a 1994 conselheiro administrativo ao Teatro Regio, membro do Conselho Central de Música da Itália e, atualmente, é membro do comitê nacional daquele país para as artes cênicas. Em junho de 1998 Ciardi foi condecorado com o prêmio honorário "Comendador da Ordem de Mérito da República Italiana".
Suas gravações incluem trabalhos para a RAI 1, a RAI 3, a Rádio Vaticano, a Televisão Húngara, a Rádio e Televisão da Bielorussia, a Rádio e Televisão Mexicana, a Fox Television dos Estados Unidos e para os selos ABC, Agora e Phoenix Classics.

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