176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

EM apresenta “Os irmãos repentistas e os pandeiros encantados”

A Escola de Música (EM) tem um presente especial para as crianças em outubro: a estreia da ópera infantil Os irmãos repentistas e os pandeiros encantados, que será apresentada no Salão Leopoldo Miguez. A música e o libreto são de Rafael Bezerra e a peça é cantada em português. Estão programadas cinco récitas, todas com entrada franca. 

 Foto: Ana Liao
 
 Rafael Bezerra. Esta será a segunda partitura do compositor montada pelo projeto, que em 2011 estreou sua primeira ópera infantil.>

A obra foi encomendada pelo projeto "A Escola Vai à Ópera", idealizado e coordenado pela professora Maria José Chevitarese. Esta é a quinta edição do projeto, que tem como objetivos divulgar a ópera brasileira em vernáculo e inserir crianças da rede pública de ensino no mundo operístico. Segundo informou a docente, a iniciativa já atingiu um público de mais de seis mil crianças e vem contribuído, destaca, para "a inclusão sociocultural desses jovens que têm a oportunidade de entrar em contato com uma linguagem nova para a grande maioria deles".  

Chevitarese assina a concepção e a direção geral do espetáculo, que tem direção cênica de Claudio Castro Filho. O maestro e professor Ernani Aguiar divide com a Cyrano Morenos Sales a regência da orquestra. Os solistas são alunos da EM e a montagem conta com a participação do Coral Brasil Ensemble-UFRJ e de estudantes e docentes das Escolas de Belas Artes e Comunicação. As professoras Desirée Bastos e Andréa Renck, ambas da ECO, são responsáveis, respectivamente, pela orientação e coordenação de figurino e pela orientação e coordenação de cenário. José Henrique Moreira, da ECO, pela orientação de iluminação. 

 
  
 

Récitas 

7 de outubro – 14h30 e 18h30; 8 de outubro – 14h30, 10 de outubro – 14h30; e 11 de outubro – 16h00
Salão Leopoldo Miguez da Escola de Musica da UFRJ. Rua do passeio n° 98, Centro, Rio de Janeiro.

  
 Cobertura fotográfica do espetáculo na galeria de imagens
  

Castro Filho chama atenção para aproximações entre a partitura de Bezerra e o movimento armorial fundado por Ariano Suassuna, dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta paraibano recentemente falecido.

– Não seria exagero dizer que se trata de uma ópera de inspiração armorial, que traz à cena o rico imaginário nordestino numa mescla cosmopolita de cultura popular e erudita, onde pífanos e violinos podem conviver harmonicamente. A despedida de Suassuna apanhou-nos, de repente, no meio do processo, e acabou por converter esta encenação numa homenagem, cheia de gratidão e saudade, a tudo o que o mestre universal deu à arte brasileira contemporânea.

A estória é simples, como convém ao público que o espetáculo busca atingir, e cheia daquela magia característica do romanceiro popular. Os gêmeos Chica Mosca e Toinho Mosquito nasceram em Macaxeira Seca, cidadezinha onde não chove há meses. Os pais, se outra alternativa, os deixam na porta da igreja criada para serem acolhidos pelo Padre Amâncio.

Quinze anos depois nada parece mudar na pequena Macaxeira Seca, ainda assolada pela seca. Até que um dia dois acontecimentos agitam a vida da localidade: um estranho vidente chega à cidade ao mesmo tempo que uma tempestade repentina atinge com um raio o sino da igreja. Perto do sino em ruínas Chica Mosca e Toinho Mosquito acham dois pandeiros. Logo descobrem que são mágicos e enviados por uma fada - Maria da Zabumba, que os protege desde que nasceram. Com os poderes mágicos dos instrumentos, conseguem fazer repentes sobre qualquer pessoa, mesmo sem nunca as terem conhecido.

O vidente e sua esposa - Dandara e Arion – são, na verdade, dois charlatões. Por acaso, ouvem Chica Mosca e Toinho Mosquito combinarem usar os pandeiros mágicos para, com repentes, angariar dinheiro para a reforma da igreja. Não resistem e arquitetam um plano para roubar os instrumentos.

Dandara e Arion convencem Padre Amâncio de que são os donos dos pandeiros, o que faz o padre ordenar que os meninos os "devolvam. Desolados, Chica Mosca e Zé Mosquito, correm para contar o que aconteceu a Maria da Zabumba. Enquanto isso, o vidente e a esposa criam um rebuliço na cidade. Eles ganham dinheiro com os pandeiros mágicos e acabam descobrindo os segredos de cada morador da cidade. A Fada Maria da Zabumba intervém, entretanto, e num passe de mágica faz o casal se contorcer e bater descompassadamente nos pandeiros. Sem conseguir se controlar, acabam devolvendo os instrumentos mágicos e vão embora da cidade, transformados em cabra e jumento.

 

Os irmãos repentistas e os pandeiros encantados

Rafael Bezerra, Libreto e Música

 

Idealização e Direção Geral
Maria José Chevitarese

Direção Cênica 

Claudio Castro Filho 

Regência
Ernani Aguiar
Cyrano Moreno Sales

 

Elenco
Chica Mosca – Raiza Costa
Toinho Mosquito – Guilherme Gonçalves
Padre – Guilherme Moreira
Sr. Justino – Leonardo Soares
Maria Zabumba – Rosely Rodrigues
Arion – Jessé Bueno
Dandara – Rafaela Fernandes
Dona Maricota – Tatiana Nogueira
Dona Idalina – Helena Lopes
Dona Filomena – Vivian Fróes
Sr. Eurico – Fernando Lourenço
Sr. Damasceno – Ulisses Areias
Sr. Casemiro – Kaique Stumpf
Armandinho – Felipe Tenório
Violeta – Beatriz Simões
Rosa – Mariana Gomes

Coral Brasil Ensemble-UFRJ
Sopranos : Kamille Távora, Luisa Kurtz, Michele Ramos, Marie Hoffmann
Mezzos: Carla Antunes, Francielle Dias , Marilda Sant'Anna, Susan Cruz
Tenores: Anderson de Azevedo, Fabio do Carmo, Raphael Linhares, Roberto Salles
Barítonos: Francisco Carriço, Gilmar Garantizado, Marcelo Coelho

Orquestra
Gabriel Gonçalves e Maressa Portilho (Violino 1)
Arthur Pontes e Leonardo Pinto (Violino 2)

Priscila Honório (Viola)
Aleska Henriques (Violoncelo)
Ricardo Bessa (Contrabaixo)

Alexandre Santiago (Flauta)

André Seccadio (Oboé)

Lucas Ferreira dos Santos (Clarineta)
Wilton Barbosa (Trompa)
Marcos Nero e Paula Buscácio (Percussão) 

Direção de Movimento
Arthur Morsch

Assistente de Direção Cênica
Felipe Tenório

Figurino e Caracterização
Bruna Falcão
Catharina Portella
Lucas Alessandro
Mariana Pedro
Vitor Dirami

Assistentes de Figurino
Bidi Bujnowski
Henrique Guimarães
Malu Marques
Pedro Machado

Orientação e Coordenação de Figurino
Desirée Bastos

Cenografia
Anna Catharina
Maria Isabel Magalhães
Marina Miranda
Tamara Silva

Assistentes de Cenografia
Caio Franco
Eduardo Lima Loreto
Luiz Eduardo Fernandes
Fê Correia
Janice Schutz
Raphael Elias

Orientação e Coordenação de Cenário
Andréa Renck

Projeto Gráfico e Ilustrações
Marcia Carnaval

Iluminação
Sistema Universitário de Apoio Teatral - S.U.A.T

Orientação de Iluminação
José Henrique Moreira

Produção
Anacris Monteiro

Assistente de Produção
Greice Yurie
Marcos Monteiro

Agradecimentos
Pró-reitoria de Extensão da UFRJ
Escola de Música da UFRJ
Escola de Comunicação da UFRJ
Escola de Belas Artes da UFRJ
Secretaria de Educação do Município do Rio de Janeiro

Correspondência

Escola de Música da UFRJ
Edifício Ventura Corporate Towers
Av. República do Chile, 330
21o andar, Torre Leste
Centro - Rio de Janeiro, RJ
CEP: 20.031-170

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