176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

“Ópera na UFRJ” seleciona solistas

Terminou ontem (16/05) a primeira rodada do processo de seleção dos solistas de O Diletante, ópera cômica especialmente escrita por João Guilherme Ripper, professor da Escola de Música (EM) e diretor da Sala Cecilia Meireles, para comemorar os 20 anos do Projeto Ópera na UFRJ. A iniciativa, uma parceria da EM com as Escolas de Belas Artes (EBA) e Comunicação (ECO), encenou ao longo de dessas duas décadas 17 espetáculos. A estreia de O Diletante está marcada para 25 de setembro e, como nas vezes anteriores, tudo leva a crer que será um enorme sucesso.

 

Ao todo se inscreveram 19 candidatos. Os intérpretes femininos foram escolhidos, mas haverá um outro processo para a preenchimento dos personagens masculinos que ficaram em aberto. Camila Barcellos e Indhyra Barboza se revezarão como Constanza; Beatriz Simões e Déborah Cecília darão vida a Merenciana; e Luíza Lima e Michele Ramos encarnarão Josefina. Cyrano Moreno Sales, o único solista masculino definido, será um dos intérpretes de Quintino. A ideia, informa André Cardoso, diretor geral da montagem, é formar dois elencos.

 

 Foto: Ana Liao
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 Da esq. para a dir.: João Guilherme Ripper, Juliana Franco, Andréa Adour, Ricardo Tuttman, André Cardoso, Marcelo Coutinho (de costas) e José Henrique Moreira.

Além do compositor e Cardoso, a banca reuniu José Henrique Moreira, da Direção teatral da ECO e responsável pela concepção cênica do espetáculo, e os professores do Departamento de Canto Marcelo Coutinho, Ricardo Tuttman, Andréa Adour e Juliana Franco.

 

Nova rodada de seleção

Os interessados em participar da seleção para os papeis ainda disponíveis têm de 26 de maio a 05 dr junho para se inscrever no Setor Artístico da Escola, no horário das 14 às 16h. No mesmo local poderão retirar as partituras correspondentes a seu personagem.

Há uma vaga disponível para Quintino, rico comerciante italiano – barítono; duas para Gaudêncio, rico fazendeiro de Mato-Grosso – barítono; e duas para Marcelo, malandro, aproveitador e vigarista – tenor.

 

As audições estão marcadas para 06 de junho, às 16h, na Sala da Congregação. Desta vez a seleção está aberta a cantores sem vínculo com a Escola de Música. Candidatos que participaram da primeira rodada de seleção também podem se inscrever.

 

O Diletante

 

Como em suas experiências anteriores, João Guilherme Ripper, que já escreveu Domitila (2000), Anjo Negro (2003) e Piedade (2012), assina música e libreto. O Diletante será a primeira incursão do compositor no gênero cômico e se baseia numa peça homônima de Martins Pena –uma das mais divertidas criações do pioneiro da comédia de costumes no Brasil. O alvo da crítica bem-humorada é o gosto pelo importado, pelo que vem de fora, modismo que atingia os brasileiros da primeira metade do séc. XIX, principalmente após a chegada, em 1808, da Família Real e da corte portuguesa, com suas roupas, hábitos, costumes, música, e tudo o que era destaque na Europa.

 

Para contar as trapalhadas provocadas por um rico comerciante que, amante de ópera, faz tudo para casar sua filha com um pretendente que também se interesse pelo gênero, Ripper se permitiu algumas liberdades em relação ao original de 1844. A mais importante, um deslocamento no tempo e no espaço que ambienta a trama na Copacabana dos anos 1950. Momento importante na cultura brasileira, em que o "Brasil começa a se descobrir", como assinala o compositor, e musicalmente marcado pelo nascimento da Bossa Nova.

O maestro André Cardoso está à frente da direção geral da montagem e regência. Na direção musical, Marcelo Coutinho, professor do Departamento de Canto. José Henrique Moreira, da Direção teatral da ECO, é o responsável pela concepção cênica. Desirée Bastos e Andrea Renck, docentes da EBA, coordenam respectivamente as equipes de figurino e cenografia.

 

Ópera na UFRJ

Criado em 1994 por iniciativa de alunos de graduação da Escola, Ópera na UFRJ é um dos mais bem sucedidos projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos na UFRJ. Envolve atualmente um contingente de mais de cem docentes, discentes e técnico-administrativos da instituição, e proporciona um campo importante de qualificação acadêmica e profissional para estudantes de graduação de música, artes plásticas, teatro e dança.

A iniciativa ganhou nos anos recentes um novo formato e passou a incluir apresentações em espaços fora da Escola de Música. Uma experiência que continua este ano, com apresentações já confirmadas no Teatro Municipal de Niterói e no Auditório do Centro de Tecnologia da UFRJ, e outras em fase de negociação com teatros municipais do Estado.

Correspondência

Escola de Música da UFRJ
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