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Concertos UFRJ: Duo Santoro lança CD Bem Brasileiro

Concertos UFRJ reprisa esta semana o programa dedicado ao CD “Bem Brasileiro”, do Duo Santoro. Editado por A Casa Estúdio, o álbum foi lançado no primeiro semestre deste ano e reúne a produção de 12 compositores brasileiros, a maioria contemporâneos. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

 
 
Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.
  

Formado pelos irmãos Paulo e Ricardo Santoro em 1990 e em atividade há mais de duas décadas, o Duo Santoro ostenta uma história profissional consagrada tanto na música de concerto quanto na popular. “Bem Brasileiro” é o primeiro CD do grupo e conta com a direção artística do pai, o contrabaixista Sandrino Santoro, com quem os gêmeos iniciaram seus estudos ainda meninos, e a produção de Sergio Roberto de Oliveira.

 

O título faz menção à célebre frase de Heitor Villa-Lobos: “Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música deixo cantar os rios e os  mares deste grande Brasil”. Uma brasilidade presente em todas as faixas do CD, que se inaugura com “O Trenzinho do Caipira”, uma das melodias villalobianas mais populares, com adaptação singular dos irmãos Santoro. O polonês Waldemar Szpilman, nascido em 1915 e imigrado para o Brasil em 1925, é representado pela obra “Choro”, reveladora do seu trânsito fácil entre as músicas de concerto e popular. “Três Temas do Folclore”, do contrabaixista e compositor Ricardo Medeiros, traz impressa a singeleza do primeiro movimento e a crescente ênfase nos seguintes. O compositor alemão Ernst Mahle, naturalizado brasileiro em 1962, alça destaque com “Três Duetos Modais, escritos em 1974, denotando a forma natural como incorporou os elementos brasileiros em sua formação musical europeia. A “Modinha”, de Franciso Mignone, obra conhecida como o segundo movimento da sonata para dois fagotes, ganha adaptação para violoncelos. O argentino José Alberto Kaplan, naturalizado brasileiro em 1969, escreveu “Nazareteando” especialmente para o Duo Santoro, não escondendo no título a inspiração de Ernesto Nazareth.

O disco apresenta ainda outras grandes surpresas como o compositor mineiro radicado no Rio de Janeiro Alexandre Schubert, com sua peça “Duo”. “Choro Seresteiro”, escrito por Osvaldo Lacerda em 1974, imprime um ar de seresta ao disco, e Ernani Aguiar surge em “Seis Duetos”, compostos em 1985, reunidos aqui pela primeira vez em sua forma integral. Escrita originalmente para contrabaixo e orquestra de câmara, “A 7° Folha do Diário de um Saci”, de Edmundo Villani-Côrtes, inspira-se no folclore brasileiro, enquanto a “Cantiga e Desafio”, do carioca João Guilherme Ripper, traz trechos de acentuada polifonia e mudanças de andamento e métrica. Sergio Roberto de Oliveira encerra com o seu “Bis”, escrita em 2012 especialmente para o CD e dedicada ao Duo Santoro.

 

Duo Santoro

 

 Foto: Divulgação
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 Capa do CD, que pode ser adquirido através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Nascidos no Rio de Janeiro, os gêmeos Paulo e Ricardo fazem parte da Orquestra Sinfônica Brasileira desde 1986 e da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) desde 1989, no mesmo ano em que se graduaram pela Escola de Música da UFRJ com nota máxima e dignidade acadêmica Magna Cum Laude. Com Mestrado em Música, já se apresentaram como solistas à frente de várias orquestras, além de participarem de outras formações camerísticas distintas, tais como Trios, Quartetos e outros Duos. Único duo de violoncelos em atividade permanente no Brasil, o Duo Santoro estreou em 1990 e já se apresentou nas principais salas de concerto do Brasil. Seus recitais incluem um leque eclético de estilos que vai do erudito ao popular. As transcrições e arranjos para violoncelos são assinados, na sua maioria, pelo próprio Duo. Uma das principais metas do Duo Santoro é a divulgação da música brasileira. Para isso, contam com a colaboração de vários compositores, que dedicaram algumas de suas principais obras ao Duo.

Já tocaram ao lado de mestres da música popular como Sivuca, Robertinho do Recife, Bibi Ferreira, Maria Bethânia e Gilberto Gil, entre outros; e em palcos teatrais ao lado dos atores Carlos Vereza e Nathalia Timberg, além de participações em discos de Guilherme Arantes, Simone, Almir Sater e Roberto Carlos, entre outros. Em 1995, Paulo e Ricardo Santoro receberam por unanimidade da "União Brasileira de Escritores" o Prêmio Personalidade Cultural. Nas comemorações dos 20 anos do Duo Santoro, em 2010, se apresentaram em praticamente todo o Brasil e na República Dominicana, coroando o ano com um recital no famoso Carnegie Hall de Nova York.

 

Mais informações na página do grupo na Internet.

 

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Resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette Pinto, o programa radiofônico Concertos UFRJ vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM. Apresentado por André Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições passadas podem ser acompanhadas no podcast, áudio sob demanda, da Roquette Pinto. Contatos através do endereço eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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