176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Projeto compositores recebe Sergio Saraceni

Iniciativa do Departamento de Composição da Escola de Música (EM), Sergio Saraceni é o convidado de maio do Projeto Compositores. Saraceni estará dia nove na Escola de Música e falará dos seus 35 anos de trabalho para o cinema e a televisão. Uma experiência que contabiliza 42 trilhas sonoras de longas-metragens e para dezenas de séries e novelas.

 

Com entrada franca, a palestra está marcada para as 11h, na Sala da Congregação. O foco serão os trabalhos mais recentes do compositor, com destaque para a trilha sonora das novelas Saramandaia (2013) e Geração Brasil, próxima novela das sete.

 

 Cartaz do Evento
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O compositor

Carioca de 1952, Sergio Saraceni iniciou seus estudos musicais aos 12 anos. Até os 17, estudou piano, orquestração e composição com Eunice Katunda, teoria musical com Bohumil Med e violão clássico com Jodacil Damaceno e Turíbio Santos. Em 1970 ingressou na escola superior de música do Instituto Villa-Lobos. Dois anos depois transferiu-se para os Estados Unidos, graduando-se em "arranging and composition" pela Berklee College of Music.

De volta ao Brasil, trabalhou como professor de música, instrumentista e acompanhador de cantores populares como Nana Caymmi, Emílio Santiago, Beth Carvalho, entre outros. Em 1977, recebeu de Antonio Carlos Jobim a incumbência de o substituir na criação da trilha sonora de "Anchieta, José do Brasil", longa-metragem dirigido por Paulo César Saraceni. Foi sua primeira trilha sonora original, um trabalho que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

 

 Foto: Reprodução
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  Sergio Saraceni com Zeca Assumpção.

Começou assim uma sólida carreira como compositor de filmes. Musicou 42 longas-metragens, trabalhando com alguns dos mais importantes cineastas brasileiros, como Carlos Manga (Os Trapalhões e o Rei do Futebol), Paulo Thiago (Águia na Cabeça, Policarpo Quaresma), Fábio Barreto (O Rei do Rio), Murilo Salles (Nunca Fomos tão Felizes), Paulo Cezar Saraceni (Anchieta José do Brasil, Natal da Portela, entre outros), David Neves (Fulaninha), Nelson Pereira dos Santos (A Estrada da Vida, Insônia, O Ladrão) e muitos outros diretores.

Em 1978 torna-se arranjador do programa de auditório "Globo de Ouro" da TV Globo. No ano seguinte, escreve as primeiras composições originais para as novelas e séries da emissora, até sonorizados com trilhas de discos importados. Na televisão, os trabalhos de Saraceni como compositor e diretor musical de maior destaque foram as séries: "O Tempo e o Vento" (1984), com A. C. Jobim, A. Didier, Dori Caymmi; "Anos Dourados" (1985); "A Muralha" (2000); e "Dalva & Herivelto" (2010). Escreveu ainda trilhas sonoras originais para novelas de grande audiência, tais como: "Vale Tudo" (1986); "Roque Santeiro" (1988); "O Cravo e a Rosa" (2000); "Celebridade" (2003); "Belíssima" (2004); "Passione" (2010); e Cheias de Charme (2012).

Saraceni trabalhou ao lado dos mais importantes diretores da televisão do país, tais como Roberto Talma, Walter Avancini, Denise Saraceni, Dennis Carvalho, Jorge Fernando, Ricardo Waddington, Daniel Filho, entre outros. Nos anos 80 e início dos 90, atuou também como compositor no universo publicitário.

Seu trabalho no SBT, com início em 1993, também merece destaque. Na emissora foi responsável pela criação do centro de produção de música para dramaturgia, que dirigiu até 1995, quando deixou o cargo. Em 1997, convidado por seu amigo, o maestro Aluisio Didier, assume as funções de compositor e produtor musical do canal por assinatura Globonews, ao mesmo tempo que volta a integrar os quadros da TV Globo. Na Globonews, ajudou a criar trilhas sonoras, permanecendo até 2004, quando deixa o veículo.

Foi premiado cinco vezes nos festivais de cinema de Gramado e Brasília. Ainda no cinema, colaborou com Radamés Gnattali na criação e produção da música do filme "Eles não usam Black Tie" (1980), de Leon Hirszman.

Seus mais recentes trabalhos foram para a novela Saramandaia (2013) e para a novela "Geração Brasil", ambas da Rede Globo.

Correspondência

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