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A música mexicana em Concertos UFRJ

A música dos compositores latino-americanos foi tema de Concertos UFRJ em duas ocasiões. A primeira abordou a rica produção do período colonial de diferentes países da região, a segunda focou os compositores venezuelanos. O programa desta semana convida a um passeio pela música mexicana que, bastante diversificada, comporta uma gama de diferentes matrizes culturais, em especial a das tradições dos povos indígenas da região e as de origem europeia.

 

Felipe Villanueva e Juventino Rosas

 

Felipe Villanueva, violinista e compositor, nasceu em 1862 e faleceu, ainda jovem, em 1893. Apesar do pouco tempo de vida deixou várias composições orquestrais e peças de fôlego, entre elas algumas óperas. A “Vals Poético”, apresentada pelo programa com a Orquestra Festival do México sob a regência de Enrique Bátiz, é a mais conhecida delas. Possui uma melodia fluente e evocativa, sendo uma das poucas a se manter no repertório.

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.

Como Villanueva, Juventino Rosas teve vida curta. Nasceu em 1868 e faleceu com 26 anos em 1894. Suas valsas agradam bastante ainda hoje e costumam ser executadas em concertos populares, ao lado das de Johann Strauss. Entre elas, o programa destacou “Sobre las olas” (Sobre as ondas). A interpretação, mais uma vez, coube à Orquestra Festival do México sob a regência de Enrique Bátiz.

 

Manuel Ponce

 

Apesar no sucesso internacional se sua canção “Estrellita”, Manuel Ponce é  reconhecido por sua vasta produção para o violão. Ponce nasceu no estado de Zacatecas, em 1882, e morreu em 1948. Um dos mais importantes compositores nacionalistas mexicanos, adotou com frequência elementos da música popular. De Manuel Ponce Concertos UFRJ pinçaram a gravação do primeiro movimento da “Sonatina Meridional” com o violonista francês Gerard Abiton.

 

Silvestre Revueltas

 

No século XX o México foi dos países latino-americanos onde a escola nacionalista mais floresceu. O compositor Silvestre Revueltas, um dos mais originais a seguir esta vertente, produz uma obra marcada por impressionante variedade rítmica. Nasceu em 1899 no estado de Durango e estudou no Conservatório Nacional de Música da Cidade do México e, posteriormente, na Faculdade de Música de Chicago. Organizou festivais de música contemporânea em seu país e ocupou posições importantes na vida musical mexicana. Faleceu prematuramente em 1940.

 

“Sensemayá” (canto para matar uma serpente), certamente sua composição mais importante, toma por base um poema de mesmo nome do poeta cubano Nicolás Guillénente. Os ritmos marcados em compassos de sete tempos dão à obra um impulso irresistível. “Sensemayá” foi apresentada na versão da Orquestra Filarmônica de Nova York, tendo à frente o famoso maestro Leonard Bernstein.

 

Blas Galindo

 

Nascido em 1910 em uma aldeia remota na região de Jalisco, Blas Galindo começou relativamente tarde seus estudos musicais. O talento e a dedicação fizeram, porém, com que dominasse em pouco tempo uma grande variedade de técnicas composicionais. Foi diretor do Conservatório Nacional de Música da Cidade do México e membro da Academia Mexicana de Artes. Sua peça mais conhecida “Sones de Mariachi”, escrita para o Museu de Arte Moderna de Nova York, utiliza temas tradicionais mexicanos. O programa levou ao ar a interpretação de Enrique Bátiz com a Orquestra Festival do México.

 

Carlos Chaves

 

Compositor mexicano de maior projeção no século XX, Carlos Chaves viveu entre 1899 e 1978. Sua “Sarabanda para cordas” faz parte da suíte do ballet “La Hija de Cólquide”, escrita em 1943 para a companhia de Martha Graham. A versão, mais uma vez, a da Orquestra Festival do México com o maestro Enrique Bátiz.

 

Pablo Moncayo

 

“Huapango”, de José Pablo Moncayo, talvez seja a peça de autor mexicano mais executada pelas orquestras em todo o mundo. O compositor nasceu na cidade de Guadalajara em 1912 e, em uma viagem na companhia de Blas Galindo à região de Alvarado, recolheu canções de ritmos variados do povo de Huapango, que desenvolveu posteriormente numa partitura onde esses temas populares passeiam por toda a orquestra, com destaque para os solos de trompete e trombone. A gravação que foi ao ar trouxe o maestro Maximiano Valdes à frente da conhecida Orquestra Sinfônica Simon Bolívar da Venezuela.

 

Arturo Marquez


O último compositor abordado, Arturo Marquez, é um dos maiores da atualidade latino-americana.  Nasceu em 1950 e, ao longo da carreira, recebeu inúmeros prêmios internacionais e condecorações em seu país. Sua formação musical inclui estudos no México, nos Estados Unidos e na França.

 

No início dos anos 1990 começou a escrever sua série de “Danzones” em que utiliza temas cubanos e da região mexicana de Veracruz como base. A mais executada dessas peças, a Danzón no. 2, acabou popularizada pela Orquestra Sinfônica Simón Bolívar da Venezuela que, em suas tournées pelos Estados Unidos e Europa com o maestro Gustavo Dudamel, a executou com frequência. A interpretação veiculada foi, porém outra, a Orquestra Sinfônica de Minería, sob a direção de José Arcam.

Concertos UFRJ resultam de um convênio da UFRJ com a rádio Roquette Pinto, indo ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM. Apresentado por André Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1).

 

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