176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Concertos UFRJ em clima de Rio+20

Aproveitando o interesse despertado pela Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorrerá de 20 a 22 de junho na cidade, Concertos UFRJ destacam nesta semana diferentes formas de representação musical da natureza. No programa, obras de Dvorak, Respighi, Smetana e Villa-Lobos mostram como as florestas, rios, mares e animais do planeta vêm fascinando, desde sempre, criadores das mais variadas orientações e inclinações estéticas.

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.

A Abertura “No reino da natureza”, op. 91, escrita em 1891 e estreada no ano seguinte em Praga pelo compositor checo do período romântico Antonín Dvo?ák (1841-1904) foi primeira obra selecionada pelo programa. Tendo sido suscitada pelas emoções de uma caminhada solitária por prados e bosques da sua amada Boêmia, é a primeira parte de uma trilogia que escreveu e inclui ainda a Abertura Carnaval, op. 92, e Othello, op. 93. A interpretação, a do regente Rafael Kubelik, à frente da Orquestra Sinfônica da Rádio Bávara.

 

Já o italiano Otorino Respighi (1879-1936), que além de compositor foi um  musicólogo importante, escreveu em 1927 uma suíte para pequena orquestra intitulada “Gli Uccelli” (Os Pássaros) tomando como base temas de músicos ingleses, franceses e italianos do século XVII. Após um prelúdio, Respighi desenvolve os movimentos intitulados A Pomba, baseado em melodia do francês Jacques Gallot, A galinha, inspirado em conhecido tema de Rameau, O Rouxinol, de autor anônimo inglês e O Cuco, a partir de uma toccata do também italiano Bernardo Pasquini. A gravação selecionada foi a da famosa Academia de Saint Martin in the fields, conduzida pelo seu fundador, o maestro e violinista Neville Marriner.

 

Como os pássaros, os rios suscitaram inúmeras criações musicais. O Reno, na Alemanha, aparece em diversas obras de Schumann e Wagner, o Danúbio, na Áustria, dá nome a uma das mais conhecidas valsas de Strauss e para um desfile de barcos no Tâmisa, em Londres, Haendel escreveu sua famosa Música Aquática. Desta diversificada produção, Concertos UFRJ pinça o poema sinfônico "Vltava" (O Moldavia), que o compositor tcheco Bed?ich Smetana escreveu em 1874 como parte do seu ciclo de seis peças intitulado "Má Vlast" (Minha Terra). Criado quando já padecia de completa surdez, o que o aproxima de mestres como Ludwig van Beethoven e Fauré, nos primeiros compassos as flautas traduzem o murmúrio dos filetes de água dos riachos que se unem para formar a cabeceira do rio que, aos poucos, se vai adensando. A partitura, de cunho descritivo, sugere o seu curso por diferentes regiões do país: surgem as caçadas nos bosques e um casamento camponês em ritmo de dança popular. O movimento inicial é retomado, mas de forma turbulenta, exprimindo corredeiras que desembocam em cachoeiras. Já perto do fim, quando da chegada do Moldavia à Praga, o tema ganha uma orquestração grandiosa, para logo a seguir, em um diminuendo encantador, os violinos solitários indicarem que ele segue seu curso até se perder no horizonte. A  Orquestra Filarmônica de Viena, sob a direção de James Levine, apresenta a obra.

 

A exuberante paisagem brasileira não poderia ficar de fora de em um programa dedicado à natureza. Assim, com os votos de que a Rio+20 traga avanços efetivos e a certeza de que somente um desenvolvimento sustentável poderá garantir uma saída digna para o nosso planeta e as vidas que nele habitam, Concertos UFRJ encerram a edição da semana com o poema sinfônico “Alvorada na Floresta Tropical” escrito por Heitor Villa-Lobos (1887-1959) em 1953. Afinal, ninguém melhor do que nosso maior compositor cantou de forma tão original o esplendor de nossas matas, rios e gentes. A gravação, datada de 1954, foi a da Orquestra de Louisville, tendo à frente o maestro Robert Whitney.

O programa radiofônico Concertos UFRJ, resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette Pinto, vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM. Apresentado por André Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1).

 

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